Subir para cima e sair para fora! São erros?

 ‘Las 500 dudas más frecuentes del español’

“As 500 dúvidas mais frequentes do Espanhol”, esse é o título do mais novo manual do Instituto Cervantes, apresentado em Espanha por García de La Concha, diretor do Instituto, que iniciou a apresentação lembrando da última vez que teve uma dúvida em linguística e mencionou, “Dudar es comenzar a acertar” (Duvidar é começar a acertar).

O título acima é parte da tradução do utilizado na matéria escrita por , no El País. De forma a questionar os leitores a procurar seus erros no uso cotidiano do idioma e não podemos omitir as semelhanças entre o Português e o Espanhol em termos de usos e desusos. Como pede García ao propor uma campanha: ‘No maltrate el español. Hable y escriba bien”.

“Não maltrate o Português. Fale e escreva bem”

Sua campanha poderia muito bem ser “importada” para o nosso Brasil e para o nosso idioma tão “maltratado” por causa da preguiça, dos vícios de linguagem, dos SMS dos celulares, dos chats de internet e por muitos outros. Como aconselha García: “El gran problema proviene de la lectura. La fijación de la norma y la riqueza de uso no se aprende en la teoría de un libro, se aprende a base de leer, uno se va empapando. Más libros, más libres. Más libros, más cultos. Más libros, más ricos”.

“O grande problema vem da leitura. A fixação da norma e da riqueza do uso, não se aprende apenas na teoria de um livro, a aprendizagem é baseada na leitura, agregando. Mais livros, mais livres. Mais livros, mais cultos. Mais livros, mais ricos”.

Ainda ressalta que a norma não é apenas uma convenção da Academia,  é um aspecto da descrição da língua do falante médio culto. A obra de consulta foi coordenada por Florentino Paredes, Professor da Universidade de Alcalá e sai após um ano do éxito literário “El libro del español correcto” , também do Instituto Cervantes que teve uma tiragem de 15.000 exemplares vendidos.

Para quem quizer acessar o original, o link é:

http://cultura.elpais.com/cultura/2013/11/12/actualidad/1384268754_274100.html

Como sempre, um bom exemplo de cuidado com o idioma!

Fonte: El País

Um Atlas sonoro de Português!?

A idéia que vem do Panamá

Com o VI Congresso Internacional da Língua Espanhola começando no Panamá, que inclui até os Estados Unidos, foi realizada uma proposta interessante a vinte escritores de seu idioma para elegerem palavras autóctonas (interessante termo para palavras nativas, que tem origem e se utiliza no mesmo lugar em que reside), para formar o Atlas sonoro do Espanhol.

A iniciátiva do Atlas partiu do Jornal El País, como uma homenagem aos 200 especialistas participantes do Congresso e para tomar efeito, o texto da notícia se utiliza de alguns dos termos eleitos pelos escritores, no final do mesmo existe um vocabulário indicando o escritor, seu país de origem e uma explicação do significado do termo, como também os motivos de sua criação ou uso.

O idioma Espanhol é hoje falado por mais de 500 milhões de pessoas em todo mundo e se orgulha de ser compreendido em uma estimativa de 80%  de seus usuários, ou seja, mantém uma raiz firme apesar das variantes regionais e em vez de ser motivo de “conflitos”, para os hispánicos é motivo de orgulho seu idioma “patiperro”  (termo de origem chilena, que significa patas de “perro” (cão), que demonstra o caráter andarrilho de seu povo, sempre pronto a estar na estrada em busca de novos lugares e assimilar novas culturas), o motivo desse termo seria a geografia do Chile, preso entre o Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes, com o crescimento demográfico isso causa uma necessidade de se migrar para outros territórios. Essa foi a contribuição do escritor chileno Antonio Skármeta.

Também será realizado o 1º Congresso Virtual de Espanhol, além dos especialistas convidados, eles terão a colaboração de milhares de internautas, dando suas contribuições para dar uma demonstração de como o Idioma tem se portado no ciberespaço. O convidado especial para iniciar as atividades será o Príncipe Felipe de Asturias e contará com outras personalidades como Ricardo Martinelli, Presidente do Panamá, Víctor García de la Concha, diretor do Instituto Cervantes,  José Manuel Blecua, diretor da Real Academia e a conferencia inaugural será feita pelo nobel Mario Vargas Llosa.

Para quem quizer dar uma melhor expiada, podem utilizar o link: http://cultura.elpais.com/cultura/2013/10/19/actualidad/1382202663_616376.html

Para visualizar a notícia completa e desfrutar do texto original, muito bem “costurado” com o uso de termos nativos e originais do Espanhol. Oxalá, tivéssemos esse mesmo tipo de iniciativa com o idioma Português, em vez de procurarem divergências e ficarem realizando imposições “unilaterais” que não resolvem absolutamente nada em termos de comunicação como a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa, oficializada em 2009.

“Andar por terras distantes e conversar com diversas pessoas torna os homens ponderados.” Miguel de Cervantes

Fonte: El Pais

Pelo “bom” Português

Um estudo do Preconceito Linguístico

Estou lendo ultimamente diversos textos sobre o famoso “preconceito linguístico”, o que inicialmente levanta diversas suspeitas. A primeira seria a forma com que os textos são escritos, todos eles respeitando as norma cultas da língua, o que sugere um contra-senso, pois defendem um uso diferente, os “neologismos” e os “regionalismos”, mas eles próprios não fazem uso disso.

No caso de se expressar pela forma que defendem não permitiria que os outros, ou seja, a grande maioria, entendesse suas palavras. Outra coisa, se esforçam em distinguir quem fala por “regionalismos” de quem fala através da norma culta; ou eu sou um extraterrestre ou eu sei falar das duas maneiras, o fato de ter aprendido a forma culta na Escola, não apagou meus traços nativos, como eles insistem em expor.

Fatos incontornáveis

O uso de expressões de impacto não melhoram um texto, apenas o faz parecer um “discurso político”, nesse caso, tendencioso e cheio de demagogias. Mostra apenas para que serve, propaganda ideológica.

Não adianta “colocar a carroça na frente dos bois”, a lógica é feita por premissas e nesse caso, conhecidas. Quando dizemos que quem se utiliza de uma linguagem “regionalista” tem dificuldade em abstrair não podemos generalizar. Apenas por uma questão de “comodismo” a expressão é usada dessa forma. Nem todos, que falam através de “regionalismo” conhecem a forma culta e o inverso também é verdadeiro e isso significa que podemos abstrair usando outras formas além da culta mas para isso, devemos ao menos ter o conhecimento (know-how) para fazé-lo de forma apropriada.

Um exemplo de “regionalismo” com abstração é a obra “Grande Sertões: Veredas” de Guimarães Rosa, o autor usa um clima psicológico bastante tenso sobre o personagem principal, apesar de usar e abusar dos “regionalismos” e dos “neologismos” mas nem todos possuem o conhecimento da língua para realizar tal tarefa.

Outro ponto bastante discutido é sobre as línguas primitivas e suas deficiências, nesse caso, peço que leiam “A visão dos vencidos”, de Miguel León-Portilla, nesta obra o autor narra a conquista da América sobre o ponto de vista dos conquistados, nesse caso, os Astecas que falavam o Nahuatl, idioma esse não tão primitivo quanto o de outras tribos ameríndias como os nossos índios, apesar disso, mostra bem as dificuldades deles de expor em palavras o que significou o terror de serem conquistados pelo “homem branco”. As situações eram retratadas de forma mística e cheias de superstições, como os espanhois que foram confundidos com deuses que vinham para os ajudar e depois os mataram, roubaram e escravizaram.

Quanto ao domínio da linguagem e em qual idade isso se faz, disseram até que com 4 anos já existe esse domínio, pediria então que dessem uma olhada nas obras de Piaget e Vigotski, autores que trabalharam com a evolução cognitiva das crianças e podem esclarecer tais duvidas. No caso é bom ressaltar as diferenças entre a linguagem falada e escrita, como aponta Vigotski:

“A escrita é uma função específica de linguagem, que difere da fala não menos como a linguagem interior difere da linguagem exterior pela estrutura e pelo modo de funcionamento a qual requer pra seu transcurso pelo menos um desenvolvimento mínimo de um alto grau de abstração, não usa palavras, mas sim representação das palavras pela linguagem de pensamento e isto se constitui em uma de suas maiores dificuldades,”

O real conhecimento da língua somente se dá com a apresentação dos métodos de aprendizado e da devida condução de um professor, como ele demonstra abaixo:

“É no fluir do aspecto processual, do metodológico, que as negociações ativas de significados encontrarão espaço para o desenvolvimento das especializações funcionais mediadas pelas ferramentas culturais.”

Ou seja, falar por falar, ainda não pode ser considerado como uma grande atividade cognitiva, é apenas uma imitação, uma forma encontrada pelo método de eliminação, certo ou errado. A criança ouve e imita, ser der certo, imita de novo. Tais métodos podem ser eficientes para um nariz escorrendo, um bumbum sujo ou quando se está com fome, mas para imaginar uma “Teoria da Relatividade” está muito longe.

Digno de nota, o fato da criança enquanto no ventre da mãe aprender o “sotaque” por causa da pronuncia dela mostra que o “regionalismo” será mantido. Dessa forma, independe das interações futuras e da eduacação que receberá. Isso já é provado cientificamente.

As redundâncias

Um trecho que me chamou a atenção sobre Preconceito linguístico é o que fala sobre “línguas primitivas” de Sírio Possenti, aqui reproduzimos apenas uma pequena parte:

“…o mesmo dialeto que é considerado errado ou precário por eliminar redundâncias também é considerado errado ou precário quando introduz redundâncias como ‘sair para fora’ ou ‘entrar para dentro’, ‘subir para cima’ e ‘descer para baixo’; são, de novo, construções análogas às do inglês, que ninguém estranha ou critica; …”

Nessas circunstâncias teriamos apenas que analisar se o idioma propõe soluções para a redundância, ou seja, se existem “ferramentas linguísticas” para substituir o termo em questão. No caso de português, merece apanhar com um “dicionário” quem usa redundâncias sabendo que a língua é tão rica em figuras de linguagens.

Outros idiomas menores

No caso do inglês que é considerado um idioma com ausência de flexões, um vocabulário menor e não tantos recursos linguísticos, não se preocupem! Embora o pinto não mame, se cria com farelo!  Ou seja, para tudo existe solução, basta lembrar que nas faculdades (High School) de países de língua inglesa nas materias mais avançadas são utilizados outros idiomas para suprir essas “carências” como o Latim e o Grego.

Eu fico com Fernando Pessoa, nosso poeta maior, “quero ser e estar!” o verbo “to be” não me satisfaz, a não ser que fosse “Hamlet”…

Se querem conhecer um idioma com situação semelhante a do Português, basta conhecer a atual situação do Árabe, idioma esse falado em diversos países na África e na Ásia, com culturas e religiões bastante distintas e consequentemente formas diferentes de se pronunciar e de se usar o idioma. Mesmo assim, existe um consenso que a língua escrita, livros, revistas e jornais são escritos pelo idioma oficial.  Na televisão existem algumas variantes mas os jornais televisivos são baseados no “Árabe Moderno” que constitui esse idioma oficial, o mesmo é também ensinado nas escolas (madrassa) e Universidades. O interessante aqui é que as variantes e dialétos não costumam se escrever, apenas falar (vernáculo) apesar de tantos conflitos, ficou convencionado que a escrita se faz pela língua oficial. Analogicamente seria como se o Chico Bento fosse escrever uma carta e para isso usasse o padrão culto do português, em vez do seu “linguajar” conhecido.

Diversos outros idiomas possuem  situações semelhantes ou até piores, como o Italiano com nove dialetos oficiais ou o Espanhol. Dentro da Espanha existem o Catalão (Catalunha) e o Euskara (país Basco), os quais lutam para serem reconhecidos e fazem parte da luta pela Independência dessas duas importantes regiões,  que hoje já estão autônomas. Utilizei a expressão “piores” devido ao tamanho dos países em questão: a Itália é um pouco maior que o Rio Grande do Sul e a Espanha caberia tranquilamente dentro da Bahia, por isso afirmo que os nosso “regionalismos” são até bem definidos e poucos se levarmos em conta a nossa grande extensão territorial.

O Brasil hoje

Um aviso, o Brasil hoje não é nem semelhante ao panorama da Rússia no ínício do século XX, antes da revolução, no qual havia uma elite Burguesa e Aristocrática que costuma falar francês apenas para se distinguir do resto da população. No Brasil, a elite fala um português tão ruim tanto quanto o resto da população, se torna um pedantismo querer cobrar dos outros aquilo que você mesmo não faz. Basta verificar as “redes sociais” e as colunas de “fofocas” para se deparar com as “pérolas” utilizadas pelos nossos governantes, artistas, atletas e empresários.

Não cabe aqui se falar em “preconceito linguístico” apenas para induzir uma luta de classes, um modo perverso de difundir teorias marxistas e ideologia barata. Os ojetivos de ideias como abolir os “erros de português” e de que o padrão da língua é feito através de uma “imposição” é apenas o de criar um exército de “analfabetos funcionais”, como foi divulgado recentemente através de pesquisas que mostram o aumento do analfabetismo no Brasil. Pessoas fáceis de se conduzir e que trocam votos pelo paternalismo governamental.

Qual a finalidade do Padrão Culto da Língua

O Padrão Culto da Língua é um eixo central que faz a ligação de todos os outros padrões, independente da localização e do tempo, ou seja é uma importante ferramenta geopolítica e histórica. As pessoas se conectam mais facilmente ao terem esse conhecimento e aquilo que é produzido, não importa a área, pode ser democraticamente distribuido. Ao eliminar a padronização, não existiria a uniformidade que dá ao idioma o aporte de ser único.  O ensino da norma culta não é uma imposição e sim, uma necessidade, não importa a área que sigam os alunos, o uso será impreterível e ficará arraigado no interior de cada um. Você pode enviar um SMS sem acentos ou “ç” mas saberá usar muito bem os recursos da língua quando for necessário. Num TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) por exemplo.

Egrégio Professor

Vi em um artigo, uma breve citação ao grande Professor Pasquale Cipro Neto, o qual tive o prazer e a honra de ser seu aluno. Não acredito que o mesmo tenha simpatia por tais ideias pois me lembro muito bem de suas aulas e da história que ele costumava contar. Professor Pasquale é descendente de italianos e quando viajava em passeio para a casa de seus parentes na “Bella Italia”, costumava ser censurado pelos seus parentes. Fato este que o indignava, pois eles cobravam que ele falasse corretamente o “italiano”, mas ele é brasileiro e sobretudo professor de Português e encerrava dizendo, “como gostaria de ver a nós, brasileiros, defendermos com a mesma paixão o nosso idioma, como os italianos defendem o deles”.

Aos estudiosos

Meus mais sinceros votos de apreço e simpatia por aqueles que responsavelmente estudam o nosso idioma, Pesquisadores e Professores. Quero pedir desculpas pelo modo tempestuoso de minhas palavras mas o tempo pede medidas extremas. O estudo da língua se faz necessário e é importante, as mudanças sempre ocorreram e sempre irão ocorrer, contudo não existe uma bola de cristal para conhecer seus efeitos:

1- A inovação será aceita pela maioria;

2- A inovação irá substituir algum padrão anterior;

3- Isso será permanente ou apenas um mero modismo.

A história está repleta de casos que demonstram isso, casos que fortuitamente mudaram o panorama de algum idioma, no Egito Antigo, a escrita Hierática deu início ao fim dos hieroglifos, no Japão, as escritas Hiragana e Takatana não conseguiram substituir o complexo Kanjin e hoje existem em harmonia. Digo isso, pois existem pessoas que acham que a escrita abreviada do SMS e do MSN podem alterar a forma de escrevermos o português futuramente. Será? Quem pode afirmar isso concretamente? Quem viver, verá!

Nunca houve um período tão bom para a Linguística, a Internet integra de forma instantanea os mais longínquos pontos, os materiais e os textos abundam pelas redes, quem quer aprender, basta pesquisar. Apenas um aviso de cautela! Como dizem: “se fosse para levar a sério tudo o que “curtem” nas redes sociais, nós todos seriamos bons, bonitos e … adorariamos gatos!!!

“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”  Voltaire

Pelas palavras acentuadas

A defesa do bom e velho Portuguêsacentuacao-grafica

Não me digno mais a ficar em tal situação,

Pelos indolentes, que mudam essa língua,

Além da preguiça, nada mais têm.

Inflacionam nosso números,

Valem só cinquenta, os nossos tíbios cinqüenta.

Junto me a Fernando Pessoa, nosso poeta mór,

Quero ser e querer, o direito que defendíamos,

A letra pequena que vem do Inglês,

Não nos serve, como a assertiva lusíada,

Que nos mostra o mundo, como ele é,

Dita ao navegante, aonde ele está,

E dá ao artilheiro a precisão,

Com elegantes modos e pronuncia cortês,

Aponta na palavra, quem é a tônica,

Que cadencia meu belo palavrório,

Valioso, como tesouro de um corsário,

Depositado no baú de algum dicionário.

Como um Deus, o poeta regressará

Dando a sentença morta, sua justa ressurreição.

“Quero correr esse risco de VIDA, pois a morte  já é certa.”

Nossa Poderosa Língua Portuguesa

A verdadeira língua do ‘P’

Somente em um idioma tão rico isto é possível:

“Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém,pouco praticou, pois Padre Pafúncio pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos,porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, pois pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam,permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precatar-se. Profundas privações passou Pedro Paulo.Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo…Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Passando pela principal praça parisiense, partindo para Portugal, pediu para pintar pequenos pássaros pretos. Pintou, prostrou perante políticos, populares, pobres, pedintes.
– Paris! Paris! – proferiu Pedro Paulo – parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.
Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:
– Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?
– Papai – proferiu Pedro Paulo – pinto porque permitiste, porém preferindo,poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.

Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando…”
Permitam-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar…

(autor desconhecido)

O Português na medida certa

Você é quem decide…
  ‘Um homem muito rico estava  mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

‘Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga aconta do padeiro nada dou aos pobres. ‘

Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.

 
             1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.2) A irmã chegou em seguida.. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta  interpretação:

  Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Moral da história:
             ‘A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação.     
 E isso faz toda a diferença…

Porque dizem “cookie” quando querem dizer biscoito

Um cookie com bacon

“Please, ya que vas a Starbucks te doy cash y me traes una cookie de chocolate y un Chai Tea Latte que tengo que mandar unos e-mails urgentes y escribir unos tuits antes de que empiece el shooting”

Com esta frase, Susana Molina começa um interessante artigo no jornal El País de Espanha, ela siginifica:

“Por favor, vá ao Starbucks, te darei cash e me tragas um cookie de chocolate e um Chai Tea Latte que tenho de enviar uns e-mails urgentes e escrever tuits antes de começar o shooting.”

Como eu que já escrevi nesse blog, ela reclama do porquê de se utilizar palavras estrangeiras quando existem similares em seu idioma. O que já é preocupante, e ainda, o que é pior, como é que as pessoas que escrevem estão se esquecendo ou até não sabendo o fazer em seu idioma nativo. As palavras em inglês estão sendo incorporadas ao dia a dia e muitos acreditam ser o certo e não procuram sinônimos que sejam de sua própria língua.

Susana vê nesses casos um pouco de globalização e até um esnobismo por parte dos escritores que assim o fazem e que as pessoas que leem esses artigos acabam usando invariavelmente tais palavras. Quem usa palavras estrangeiras é tido como alguém que fala difícil e portanto é um “intelectual”.

No mundo digital é escabrosa a participação de palavras estrangeiras, diferente da Espanha que tenta manter alguns nomes, aqui nós falamos “mouse” para o dispositivo de entrada aliado do teclado. Mas em espanhol eles preferem o “raton” que é mais nacional.

No mundo da moda é bastante comum o uso de palavras estrangeiras, como as top models que viajam ao exterior e trazem além das novas tendências, na bagagem um novo vocabulário. Outro divulgador dessas palavras são as redes sociais como o “Livro de rosto” ou no original, Facebook.

O que dá muita curiosidade em saber, é sobre as diferenças nos alimentos, afinal, o que é mais gostoso, um cookie ou um biscoito, um bacon é mais suculento que um toucinho e um nugget é mais tenro que um empanado de frango.

Com certeza está difícil decidir, mas acredito que quando as pessoas tiveram um maior orgulho de seu idioma, fato que só se demonstrará com um melhor aprendizado, é que os departamentos de marketing e os ditos “especialistas” irão parar de acreditar de que só se falarem com termos estrangeiros poderão ser melhor ouvidos.

Fonte: El País

Traduções, quais as regras???

Este é um assunto sempre OUVIDO, mas nunca “discutido”.

Quem é cinéfilo e apegado a detalhes como eu, que tenho um leve Transtorno Obssessivo Compulsivo, já percebeu algumas nuances, como a tradução de nomes e de frases de efeito como expressões e ditados populares. O rei da Inglaterra, Henrique VIII já foi chamado pelo nome original em Inglês, como o do primeiro presidente dos E.U.A. que de  “Jorge” Washington (tradução), foi utilizado o original  “George” Washington. Qual a regra para isso?

Isto parece um assunto sem a menor relevância, mas se estudado pela geopeolítica vemos que se trata da supremacia de um idioma sobre os outro. Como no caso de CSI Miami, onde o chefe de Investigações se chama Horatio, pronuncia-se “Ooráichio”, mas que no capítulo de estreia se apresentou a pequena menina como Horácio e disse que seu nome era feio. Feio porque? Foi pronunciado em “Português” e não em “inglês”? Nos capítulos seguintes voltou a pronuncia do original. Ninguém se incomoda ao ouvir em um filme “todo” dublado, palavras que não se traduzem, como os nomes?

Fato muito visto hoje em dia, são as mães que recebem da mídia essas maravilhosas informações e acabam batizando seus “pimpolhos” de Maicol, Jequisom, Woshinton ou de outras neologias retiradas de outro idioma qualquer, que possui regras de pronuncia totalmente distintas do nosso Português.

Como se quer criar uma identidade nacional se nem o idioma é usado de foma unânime. Valorizar as palavras, é valorizar as idéias. Não adianta ter grandes ambições se não podemos nos comunicar. A soberania de nosso idioma é condição “sine qua non” para um país independente. (Olha  a palavrinha estrangeira aí).

Quando tratarmos os “gringos” da mesma forma que nos tratam no exterior, com firme convicção, sem violência ou revanchismo, que eles devem aqui, falar e pronunciar de forma correta a nossa língua, tal como lá. Aí sim, estaremos dando o primeiro passo para o “orgulho nacional”.

Gostaria de receber mais adendos a este assunto e outros nomes maravilhosos para podermos discutir.

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