Google é taxado na Alemanha

Lei favorece os editores de jornaisGoogle Alemanha

Nesta semana, uma lei aprovada pela câmara baixa (Bundestag) em uma votação apertada, 293 a favor e 243, dá ganho de causa aos editores de jornais e periódicos alemães que podem exigir uma taxa das plataformas de buscas da Internet, como o Google, para utilizarem contéudo proveniente desses periódicos.

O texto aprovado é dúbio e abre brecha para várias interpretações, como deixa fora dessa cobrança, as citações das notícias e aqueles “resumos” conhecidos como  “snippets”. Qual o tamanho de um texto “curto” em relação ao seu original para não ser cobrado, ou como será feita a cobrança e quem poderá dirimir tais dúvidas.

O porta voz na Alemanha da gigante da internet, Google, Ralf Bremer assegura que é “um ato desnecessário, que irá causar danos às empresas e usuários da rede porque vai obter piores resultados em suas buscas”. Mas esta não é visão da multinacional, Marisa Toro da California informa em entrevista que não acredita que isso irá prejudicar o conteúdo do Google News ou que vá causar uma diminuição nas buscas de seus usuários, pois os serviços de seus buscadores servem de ponte para os próprios jornais diariamente pela internet.

Outro ponto não apresentado pela lei, seria sobre os direitos dos autores dos conteúdos e quanto estes poderiam cobrar dos editores, como informa o sindicato dos jornalistas.

Esta medida vem como a repercussão que estas medidas tem tomado em outros países, na França, a Google acordou pagar 60 milhões de euros aos editores franceses, na Bélgica houve acordo semelhante em dezembro, havendo uma troca de propagandas por serviços e no Brasil, mais de 145 entidades de mídia retiraram seu conteúdo do Google por não chegarem a um acordo viável.

“Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal. Para se conquistarem essas sete linhas benditas, os homens praticam todas as acções – mesmo as boas.”   Eça de Queiróz

Fonte: El Pais

Uns comem o bife, outros roem o osso!!!

Espanha estuda uma “taxa” Google

Ao aderirem a corrente de pensamento de países como Alemanha e França, os editores dos principais jornais espanhóis pedem ao governo, a criação de uma “taxa” Google, para que o site de buscas pague por material criado pela imprensa e usado em seu “buscador”. A medida foi aprovada durante a Assembléia Anual da Asociación de Editores de Diarios Españoles (AEDE) Associação de Editores de Jornais Espanhóis, realizada ontem, segundo a entidade, a taxa não afetaria os usuários finais, apenas os sites de buscas.

Segundo o presidente da AEDE, José Maria Bergareche,  “Eles põem em perigo a consolidação e o futuro dos jornais digitais, e, portanto, o acesso dos cidadãos a uma informação livre, qualidade na Internet”. Para tanto, tem agendado encontros com autoridades para alinhar as suas reivindicações que são semelhantes as entidades defensoras de sua classe em outros países como França e Alemanha.

Na Alemanha tramita no Parlamento (Bundestag) um projeto de “propriedade intelectual” que prevê a cobrança pelo uso de notícias criadas pela imprensa e na França, um projeto que cobra taxas sobre o uso de material publicitário nos sites de busca.

Até no Brasil, os editores de jornais reclamam que o Google, utiliza material de qualidade produzido localmente, mas se nega a qualquer negociação a respeito de se remunerar pelo uso dos mesmos.

Segundo  Bergareche, ninguém se opõe a circulação de notícias via sites de busca, apenas queremos que seja remunerada  a criação de tais conteúdos e lembra que, segundo estudos da TELOS, de cada 10 notícias vinculadas pela Internet, 7 são criadas pela imprensa mas 80% da renda com publicidade via internet fica nas mãos dos sites de busca. O que gera uma grande divergência, quem cria a notícia, rói o osso e quem a vincula gratuitamente, come o bife.

A circulação dos jornais espanhóis caiu 6% o ano passado e a renda com publicidade, em torno de 12%. E as perspectivas são de que esse quadro não mude para o próximo ano. Uma crise endêmica e prolongada que não tem sinal de acabar tão cedo.

Google boicota Jornais Franceses

Ameaça remover referências a Jornais Franceses

Em comunicado, a empresa americana, Google, avisa ao governo francês que irá retirar as referências em sua página de pesquisa em francês, caso seja aprovado a regulamentação de uma taxa de propriedade autoral, que seria paga aos editores dos jornais. Esta medida foi pedida pela agência francesa de Imprensa (SPQN) e apoiada pelo ministro da Cultura da França, Aurélie Fillipetti, seria uma forma de Impostos sobre  Serviços.

A empresa respondeu em carta a cada ministério, que tal imposto poria em cheque a viabilidade de serviços prestados atualmente pela empresa e que ela se guardaria no direito de abandonar as referência em francês.

Caso semelhante ocorreu na Bélgica, quando em julho de 2011, a Google deixou de fazer referências as notícias belgas durante três dias. Pois fora reivindicada  a pagar royaltes, após a inauguração de seu pacotes de serviços, chamado  de Google News. Em outros países se cogita o mesmo, como na Alemanha, que tramita no Bundestag, uma lei de cobrança de direitos autorais caso seja usado como fonte de notícias, jornais alemães.

Fonte: Le Monde

França investiga Facebook

Facebook é colocado na parede

Mais um capítulo da novela sobre as falhas de segurança do Facebook começou na França. A Ministra para Economia Digital, Fleur Pellerin,  pediu aos usuários que tiverem dados privados divulgados nos murais do aplicativo que informem, quem ficar em dúvida que cancele temporariamente sua conta,  e aqueles que se sentirem lesados pela divulgação de qualquer informação confidencial que abram denúncia.

Este pronunciamento ocorre após a empresa norte-americana ter se reunido com o Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNLI) da França. O Facebook se pronunciou satisfeito em poder dar sua versão da história, mas o órgão regulador francês não teve a mesma impressão dessa reunião e não ficou satisfeito com as explicações.

O acontecimento que iniciou tudo isso foi a atualização do Timeline, que segundo os usuários deixaria a mostra mensagens antigas que originalmente estariam com o status de privadas. Conforme foi inicialmente divulgado pela Metro na França. Fato que se espalhou por toda a Europa e que deu partida a uma enxurrada de denuncias.

Os engenheiros do Facebook responderam após analises de que se tratavam de mensagens publicadas antes do Timeline e que elas já estariam com status de públicas e que foram melhor visualizadas com a atualização do recurso. Essas declarações não aparentam ser suficientes para o governo francês. O Ministro da Recuperação Industrial Montebourg e a própria ministra Pellerin divulgaram nota oficial acusando a empresa de “falta de transparência”.

O mesmo ocorre na Espanha, segundo as agências de consumidores, sobem o número de reclamações que serão investigadas antes de fazer um parecer sobre se houve ou não violação da segurança dos dados. Segundo a AEPD (Agência Espanhola de Proteção de Dados) houve um acréscimo de 70% no número de denuncias em relação a 2010, em que foram investigadas 168 casos.

Esse números, divulgados no relatório anual da agência demonstram o aumento da conscientização dos usuário no uso de seus dados pessoais e um aumento na desconfiança nas empresas que prometem guardá-los.

Fonte: El País