Católicos venezuelanos sem vinho para Missa

Bispos Venezuelanos se queixam da falta do produto

Os católicos venezuelanos estão sendo impedidos de assistir a missa devido a falta do vinho para se celebrar a Eucaristia, segundo o Conselho dos Bispos da Venezuela, a falta do produto se deve a dificuldade de produzir internamente e o alto custo da importação, como também a dificuldade em encontrar vinhos que sejam os mais puros e naturais possíveis, como se recomenda para tais celebrações.

Recomendam os produtos de origem argentina ou chilena pela melhor qualidade e menor preço do que os europeus, como espanhois, franceses e italianos que seriam mais caros.

O bispo de Los Teques e Presidente da Comissão da Liturgia, Dom Freddy Jesús Fuenmayor Suárez anunciou em comunicado os principais pontos desta escassez, a empresa responsável, Pomar, pela distribuição do vinho para as Igrejas da Venzuela não estaria sendo capaz de produzir e engarafar uma quantidade suficiente. Os importadores não teriam recursos financeiros para a compra do produto no estrangeiro. A dificuldade de se certificar produtos na conformidade daquilo que se é pedido pela Comissão do Episcopado local. A adição de produtos estranhos, como açúcar e sucos de outras frutas ao vinho e a crise na produção local com a dificuldade da importação causam esta situação inusitada.

A falta do sacramento da comunhão, infelizmente tem afetado a população venezuelana e o governo não tem agido, estando imparcial a isto.

Fonte: El País

O administrador doméstico

Como levar o profissionalismo para sua casaThe house in human hands

Porque administrar uma empresa é fácil? Planejar e organizar projetos de vendas e marketing podem ser simples! A gestão de pessoas estranhas não estressa muito! Fiscalizar os processos e os produtos não demandam tanto tempo!

Não, caros leitores, eu não fiquei louco, as premissas acimas podem ser verdadeiras e não é um mundo paralelo mas num universo mais próximo de vocês, a sua própria casa. Ou seja, naquele local que o “super-homem” do escritório vira o “Klark Kent” com direito a Kriptonita e tudo. O local onde suas fraquezas e defeitos são amplamente conhecidos e suas palavras não surtem o mesmo efeito do que no escritório.

Se a sua pessoa amada gasta mais do que pode, seus filhos não saem do vídeo-game e a sua sogra invadi a sua geladeira e come escondida aquele seu último pedaço de bolo que você guardou só para você. Alerta, a sua administração está sendo sabotada e o primeiro culpado pode ser você mesmo.

“O hábito faz o monge”

O administrador de sucesso possui hábitos que o levam para o sucesso. O que adianta ser aquele cara polido e envernizado no escritório que veste terno impecável, se em casa é o sujeito relaxado, de calção, camiseta furada que senta no sofá com os pés em cima da mesinha de centro, toma cerveja na lata e arrota em cima da pipoca.

Não sejamos radicais, não necessita usar o terno em casa… pode sujar! Mas alguns cuidados são imprescindíveis, como formar um estilo casual e se policiar com as palavras. Nada pior do que um palavrão na hora errada. Aqui, tudo o que você faz é visto por todos e diferente da empresa, aqui você não é o “chefe pode tudo” que no escritório conta aquela mesma piada pela enésima vez e todos riem. Em casa, ele riem de você e daquela sua cuequinha do piu-piu, que a patroa insiste em deixar bem a mostra no varal.

O exemplo é o melhor professor

Se você não é perfeito, não tem super-poderes e nem consegue combinar as meias, como fazer sua filha entender que estudos são importantes e que segurança é fundamental. As conversas entre pais e filhos costumam barrar em dois obstáculos, a empatia sentimental e frases redundantes.

Os jovens, versados em Internet, captam e armazenam muitas frases de efeito que são postas em prática toda a vez que você tenta dar uma bronca, como por exemplo, “Não sei o quero! Mas ninguém tem tudo, então eu não posso querer tudo!” .

Para resolver tais situações somente com calma, um leve distanciamento, do tipo contar até 1.000  e não deixar as emoções falarem. Mostre que com bom senso tudo se revolve e devolva a “filosofia barata” com outra, “a felicidade não é ter tudo, mas possuir tudo o que se quer.”

O esquecimento é uma doença

As pessoas tendem a repetir frases como papagaios e se esquecem de como o mundo muda. Não faz muito tempo e se fazia campanhas para os pais falarem sobre sexo com seus filhos. Isso mesmo, “sexo”, e hoje existe campanha para se falar sobre “crack” (a droga, não o Neimar). Estes propagandista ignoram que muitos estão ainda na primeira fase e nem é por ignorância ou má fé, é costume mesmo, não cresceram com esses valores e mudar requer um grande esforço. Quem assiste a campanha tem a impressão que sempre foi normal se falar de sexo, cigarros e drogas em qualquer família. Mas não é verdade!

Não se iluda que o jovem não saiba sobre os riscos, ele é muito bem informado pela Internet, mas é a má influencia que você deve cortar. A sua função não é repetir o que aparece na TV, mas oferecer uma opinião balizada que seja um contraponto aos coleguinhas que oferecem aquilo que não devem.

Planejar é uma arte

A sua casa muito se parece com um quartel? Você vive em pé de guerra com a patroa, a sogra não te deixa em paz, você é o “bode expiatório” para tudo o que dá errado e até seu cachorro fica te boicotando, nem quer passear com você e mija nas rodas do carro quando você chega!

Nesses casos, uma estratégia é tudo o que você necessita, planeje com cuidado seus passos e sempre se lembre que não existem formulas mágicas. Soluções que funcionam com uma família não funcionam com todas.

Os finais de semana, viagens ou uma festinha de formatura podem ser bastante torturantes sem o planejamento adequado. Quem não já não ficou estressado por causa do controle remoto da televisão ou de ter de assistir a novela no horário de um jogo de futebol.

Especialistas apontam que os dias de folga podem ser mais cansativos do que os dias trabalhados, mas se você planejar antes, seus efeitos podem ser bastante atenuados. O mesmo vale para o orçamento doméstico, se você não planejar direito e lutar muito por deixar uma pequena sobra na poupança, aquela viagem dos sonhos no final do ano pode virar aquele pesadelo na casa do cunhado, com os filhos pestinhas dele te usando como alvo de espingardinha de água.

Organização

Se você quer se livrar de alguma coisa, como um livro ou uma bola, é fácil, dê para sua mulher e diga que é para guardar, com certeza, você nunca mais verá tal objeto. Na linguagem feminina, guardar é “enfurnar”, ocultar e desaparecer. Mais fácil vender guarda-chuva para um beduíno do deserto do que ensinar ao sexo frágil o que é organização.

Desculpem a piada, mas as mulheres, mesmo as mais feministas, tem como premissa básica, “minha mãe já me ensinou isso!!!” e não são muito cooperativas quando homens querem dar “dicas” sobre organização e limpeza. Detalhes como, de que maneira torcer o pano de chão, mostram o quanto o universo feminino nos é estranho.

Com muita paciência e carinho, prove a ela que uma boa organização pode dar retorno e se não, mostre sites como o aqui abaixo, dedicado aos  afazeres domésticos:

Dica de ouro: se você dispõe de pouco tempo e não tem muita energia, priorize as tarefas mais importantes e execute-as com capricho, se preferir, escute suas músicas prediletas enquanto trabalha, ficará mais divertido e o tempo passará mais rápido. Blog Organize sem frescuras!

Controle e feedback

O ambiente familiar é o melhor termômetro do quanto somos relaxados com a “cobrança de atitudes”. Se não nos cobramos nem das promessas de início de ano, quem imagina que iremos cobrar o filho caçula de fazer a lição de casa ou a nossa esposa de gastar menos nas compras ou o horário de chegada da filha no sábado de noite.

Como dizia Jack o “Estripador”, vamos por partes, comece com pequenas mudanças e cada uma crie uma maneira de receber um feedback ou uma forma de controlar. Se as pessoas sentirem que você se importa, eles vão cooperar, o lógico é começar por você mesmo, apenas para servir de exemplo.

“A administração é uma questão de habilidades, e não depende da técnica ou experiência. Mas é preciso antes de tudo saber o que se quer.” – Sócrates

O mundo moderno versus Roma Antiga

O mundo muda, os problemas continuamImpério Romano

As pessoas conhecem o mundo desde o momento que nascem e montam um cenário de história real até no máximo duas gerações anteriores, o testemunho de seus pais e avós serve como uma baliza de como era antes e o resto ele lê de livros e filmes de história. A impressão dessa pequena visão é o mundo muda e se moderniza sempre. Atitudes que escandalizam hoje, são notáveis e inéditas, mas não é assim, situações se repetem e repetem e o ser humano cai nos mesmos erros.

O maior império já visto na história humana, o Império Romano, a primeira vista, muito diferente do mundo atual mas não tanto assim, podemos encontrar muitas semelhanças, querem ver?

Globalização à antiga

“Quando em Roma, faça como os romanos”, a capital do império ditava as modas e tendências usadas em todas as províncias e servia como centro de distribuição de bens produzidos em cada canto do império, um britânico poderia tomar um vinho produzido na França num copo vindo da Grécia, vestindo roupas vindas do Egito. A uniformidade alcançada pelo Império Romano lhe deu o fôlego necessário para durar tanto tempo.

Necessidades atuais

Como nos dias de hoje, os Romanos necessitavam de moradia, estrutura sanitária e lazer. As chegadas de um grande número de estrangeiros fez com que houvesse um déficit habitacional e as moradias improvisadas careciam de uma estrutura de água e esgoto. Ou seja, nada semelhante com os dias de hoje, os romanos se orgulhavam de sua engenharia como os aquedutos, sistemas de abastecimento de água que usavam a queda natural e vinham de montanhas próximas as cidades.

O lazer era muito importante, enquanto os ricos iam para as termas, fazer negócios e maquinar esquemas contra Cesar, os pobres se reuniam nas arenas do grande Coliseu, onde assistiam aos espetáculos com gladiadores e ganhavam pão. A velha política do “panes et circus” que nada se assemelha aos nosso sistemas de previdência e amparo ao cidadão.

A economia como base

A integração de tantos povos diferentes baseados em uma única estrutura de comando só foi possível com o advento do sistema monetário. Os antigos sistemas de troca eram ainda feitos de forma local, mas para o centro do Império era preciso usar moedas.

Com o tempo, o centro do Império começou a se especializar em oferecer serviços, muito mais que produzir, fato este que fez crescer a importância de suas províncias. A concorrência também se tornou acirrada, a mão de obra escrava diminuía o custo em algumas províncias contra a produção artesanal em outras.

A crise social

A República Romana e o Império foram forjados sobre um sistema patriarcal rígido, mas que dava muita liberdade e deveres as mulheres, elas eram responsáveis pela educação dos filhos, ou seja, eram letradas, podiam se divorciar e abrir pequenos negócios e sabiam gerir a própria renda e a de sua casa.  A própria palavra Economia, vem do grego οικονομία (de οἶκος , translit. oikos, ‘casa’ + νόμος , translit. nomos, ‘costume ou lei’, ou também ‘gerir, administrar’: daí “regras da casa” ou “administração doméstica”. Essa administração doméstica foi responsável pelo sucesso e ascensão do império, pois os maridos delas, muitos eram legionários e acabavam se ausentando muito de Roma.

A crise se iniciou com a chegada dos costumes estrangeiros, novos sistemas e novas religiões, o que afastou os romanos de suas origens e de seus sistemas. Atualmente, as crises nos valores tem tido exatamente o mesmo efeito em nossa sociedade. Crise na produção, concorrências desleais de países com mão de obra barata, problemas urbanos, crise habitacional e falta de saneamento básico. O governo tenta “tapar o sol com a peneira”, com programas sociais e distribuição de “benefícios”. As atividades rentáveis são estagnadas com impostos e o governo “corrupto” vive de mordomias.

Tal lá, tal cá. Nada ocorre por acaso, não importa o nome diferente que se dá, naquela época a língua internacional era o latim, hoje é o inglês. As grandes potências possuem fatores em comum, como a produção de armas e monopólios comerciais.

No momento que, a sociedade se conscientizar disso, pelo menos, teremos uma chance de não acabarmos como o Império Romano, em outra Idade Média.

“A história é uma galeria de quadros onde há poucos originais e muitas cópias.” 
(Alexis de Tocqueville)

O que vale a vida humana?

O valor é apenas uma medida financeira?

O referendo que está sendo hoje votado na Catalunha que pode representar a separação desse estado da Espanha, mostra um lado diferente dos ideais separatistas, as questões financeiras.

Por 40 anos o grupo separatista ETA (Euskadi da Akatasuna) que reivindicava a autonomia do estado Basco, que se auto-denomina Pais Basco, apesar das bombas, protestos e guerrilhas com ações violentas e raptos, eles não alcançaram o objetivo almejado. Chegaram a ser temporariamente “tolerados” e conseguiram eleger representantes na política, apenas para serem descobertos e presos.

Apesar de estar em trégua a um ano e  ter anunciado uma dissolução total de suas ações, ainda é perseguido, no último mês, três possíveis líderes do grupo foram presos na França. Sendo Izaskun Lesaka, considerada a mais importante líder do movimento. Apesar da trégua, o último atentado ocorreu em 2009, e de mais de 700 presos, o governo espanhol se recusa a qualquer dialogo com o grupo.

Então, o que vale mais, as vidas humanas perdidas, o sangue derramado ou o valor econômico, com a independência da Catalunha, vence o “dinheiro” e os acordos de gabinete, as ações dramáticas e as justas reivindicações de nada valem se não podem criar benefícios as classes governantes. Palavras como Independência, Nação e Soberania só valem se forem permitidas, é como um “jogo de crianças”, vocês só podem “brincar” de democracia se os “adultos” deixarem!

 “Quando o dinheiro vai na frente, todos os caminhos se abrem.”
( William Shakespeare )

Ironias da Vida: crises

Até Papai Noel está em crise

Devido a crise mundial, Papai Noel abre franquia de lanchonetes para vender Sanduíche de Rena e coxinhas de Anão. Mas a ANVISA informa que não aceitará a carne de anão se a embalagem não mostrar a data de validade.

A situação piorou para o Bom Velhinho quando o INSS resolveu embargar o seu pedido de aposentadoria. Pois o INSS alega que, trabalhar um único dia por ano, não é suficiente. Além disso, não poder provar que está em trânsito, pois sua aeronave não é aceita em nenhum aeroporto e ele não passa pela Alfandega para justificar tantos vistos, quantos diz ter e não apresentou nem as notas fiscais dos presentes que carrega em seu saco. Se não bastasse, os anões estão em greve e ameaçam entrar na justiça, pois não foram registrados pela CLT, conforme o acordo do sindicato.

Para quem já está planejando as compras do próximo ano, o Coelho da Páscoa se associou as Loja Bahia e distribuirá Ovos de Páscoa em 10 vezes sem juros. Quem mentira, né! Onde já se viu Judeu parcelar em 10 vezes sem juros.

Fada do dente se moderniza e paga o dente com cartão de crédito. Quando a criança acorda, em vez de dinheiro, encontra o comprovante da fatura. O hum real será creditado em sua conta corrente, isto é, quando ele tiver idade para ter uma.

Polêmica no mundo da música, Formiga processa Cigarra por pirataria. As composições tocadas pela Cigarra nesse último verão, na verdade, seriam da Dona Formiga. Que não toca nada, mas prova com documentos registrados em cartório. Quanto trabalho, hein!

Para o mundo real

Se você esquece uma conta e paga no dia seguinte do vencimento. Será lhe cobrado Multa e juros, correto? Mas se você pagar a mesma conta dez dia antes do vencimento, não terá direito a nenhum desconto. Isto é justo? Tem gente que diz que é certo.

Os bancos lhe emprestam o mesmo dinheiro que você deposita na Poupança, mas cobra 10 vezes mais em a taxas, do que paga em juros da poupança. Pode?

Se você deve Impostos ao governo, eles inventam um monte de brechas na lei para que a dívida não expire (não caduque), mas AS MESMAS não valem quando o Governo te deve, se não for rápido, você fica sem nada. Pode?

Se você comete uma infração de trânsito, além da multa, receberá os pontos em sua carteira. Certo!? Mas se um carro oficial do Governo, tipo da Prefeitura ou dá  Câmara de Vereadores se envolver em um acidente. Quem pagará o pato? Os carros oficiais que por convenção possuem placas 01, 02 e outras, não estão na lista de veículos nacionais, ou seja, não lhe serão emitidas multas e portanto, quem estiver dirigindo não receberá pontos em sua carteira. Pode isso? Ou é muita safadeza.

Muita coisa ruim acontece, se as pessoas boas e justas nada fazem!!! Pense nisso e faça alguma coisa!

Crise religiosa ou crise de Fé

Atirar no que viu e acertar naquilo que não viu

Parece muito confusa, a  atual paisagem da fé em nossa sociedade moderna e digital. Após os dois últimos séculos, quando a fé havia perdido terreno para a razão e para o ceticismo e tudo o que se dizia espiritual fora classificado como “superstição” ou tradição “boba”, isenta de explicação lógica. Aparece a ciência quântica que revela que, o que nem sempre conseguimos explicar pode realmente existir, o que me lembra a frase abaixo:

“Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia.” Benjamim Franklin

Apesar de anterior a época citada, ele foi direto ao ponto. E hoje, muitas pessoas estão retornando para antigas tradições e devido a pressão, Sua Santidade, o Papa, promulgou a carta Apostólica Motu Proprio, que autoriza a missa em latim em comunidades, as quais haja pedidos de fieis para a realizarem.  Segundo as palavras do próprio Sumo Pontífice:

Nas paróquias onde haja um grupo estável de fiéis aderentes à precedente tradição litúrgica, o pároco acolherá de bom grado seu pedido de celebrar a Santa Missa segundo o rito do Missal Romano editado em 1962.

Desta maneira a liturgia Romana passa a ter a Forma ordinária e extraordinária de celebrar. A Ordinária é aquela em vigor atualmente e, a extraordinária, o rito de Pio V, que tem como diferença a obrigação do Latim, calendário litúrgico e o Lecionário.

Ou seja, ao contrario de outras declarações,  Sua Santidade, não instituiu dois ritos e sim, duas formas de se celebrar a Santa Missa. Existem os que entendem isso, existem até os que aceitam, mas há muitos que não entendem, por isso, acredito, haja tantas discussões a respeito.

Ao puxar esse fio, Sua Santidade, está começando a desfazer um rolo. Um rolo que começou lá traz, no Concílio Vaticano II (CVII), cujo próprio Joseph Ratzinger participou como teólogo perito. E cinquenta anos depois, como Sumo Pontífice ele está aqui, aparando as arestas do Concílio. A maior dela é A Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que manteve as tradições pré conciliares, como dito pelo seu fundador o Cardeal Dom Marcel Lefebvre. Rompendo assim com a Igreja dita “moderna” e criando um “cisma”, pois continuaram a ser Católicos, Apostólicos e Romanos pois diferente da Igreja Anglicana, cujo superior, seria o Rei da Inglaterra, a autoridade máxima continua a ser do Santo Padre.

Existem negociações a respeito, como a visita de Dom Bernard Fellay ao Vaticano e os comentários pululam em ambos os lados. Creio muito na capacidade do Santo Padre e que ele não tenha sido colocado neste posto em vão, pois muito mudou desde sua nomeação. Os jovens da geração Internet, procuram por uma fé que lhes foi negada pelos seus pais, a geração Hippie (filhos do Rock com Coca-cola), uma espiritualização com os pés no chão, algo que faça sentido e gere um êxtase (no bom sentido) religioso.

A volta do rito extraordinário é algo muito positivo, pois ele mantém a sacralidade e o mistério, próprios de um ambiente de introspecção e humildade. Condutas estas necessárias a quem quer realmente falar com Deus.  Este rito, apenas para exemplificar, foi defendido por muitos fiéis como minha mãe, que defendia a volta do modelo pré concílio, mas em sua época, não havia muitos que dessem ouvidos. A modernidade parecia um vírus que havia apanhado a todos.

Ao ler os manifestos de muitos católicos, me espanta o medo que possuem de festas como o Halloween, particularmente, tenho a mesma opinião do Carnaval, que na Idade Média, foi proibido pela Santa Sé. Mas nós bem sabemos que muitos que pulam Carnaval na terça-feira, estarão presentes na Igreja na quarta-feira de cinzas e até jejuam na sexta-feira Santa. Portanto como cristãos, não podemos ser cúmplices, mas devemos receber a quem desejar receber a verdadeira comunhão.

“…um cristão que se deixa guiar e plasmar pouco a pouco pela fé da Igreja, apesar de suas fraquezas, suas limitações e suas dificuldades, torna-se como uma janela aberta à luz do Deus vivo, que recebe essa luz e a transmite ao mundo.” Bento XVI, Catequese sobre a Fé da Igreja.

Se eu não pulo Carnaval, não vou voltar a cara para quem o faça, tenho que discernir bem, antes de julgar e quem sou eu para julgar?

Agora, o mais triste, são os ataques que sofremos por quem se diz “cristão”, mas não possui fé alguma. Até age como se o fosse, mas emite opiniões contrárias. Quando bendizemos Nossa Senhora, mãe de Nosso Senhor, a Virgem Santíssima, logo escutamos algo como, “superstição” ou “crendice”. Mas quando alguém fala, isto é do “cujo”, ou qualquer outro nome que queiram usar. Perdão, mas por respeito, não misturo na mesma frase, o nome Dela com coisas diferentes. Logo tem alguém confirmando:

– É isso, é verdade! Como se aquilo que veem de Deus fosse mentira, e aquilo que vem do pai das mentiras, fosse verdade. Mas quanta *@#@&%$¨, desculpem caríssimos Leitores, mas o que pensei é impronunciável, mesmo escrito.

O que devemos “combater”, sem violência, é claro! São os pronunciamentos contra a nossa fé, os ditos “cristãos” que em nada creem e não sabem o que é hermenêutica, a interpretação concisa e disciplinada das palavras sagradas. Como bem disse o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Muller, a respeito de nossa conduta em frente a pessoas de outras religiões:

“Para um cristão, o respeito pela religiosidade dos outros não significa e não deveria significar uma renúncia à própria fé, à própria identidade e à verdade definitiva recebida, através da Igreja, na Revelação de Deus”.

Ou seja, nas devidas formas, revelarmos nossa situação como cristãos, Católicos, Apostólicos e Romanos e que não concordamos com opiniões contrarias a nossa fé, como no caso dos Santos.

“A Igreja católica, no seu ensino teológico, determina tudo isso com uma exatidão matemática.

A adoração, do lado de seu objeto, divide-se em três classes de culto:

1. culto de latria (grego: “latreuo“) quer dizer adorar – É o culto reservado a Deus

2. culto de dulia (grego: “douleuo“) quer dizer honrar.

3. culto de hiperdulia (grego: hyper, acima de; douleuo, honra) ou acima do culto de honra, sem atingir o culto de adoração.

A latria é o culto que se deve somente a Deus e consiste em reconhecer nele a divindade, prestando uma homenagem absoluta e suprema, como criador e redentor dos homens. Ou seja, reconhecer que ele é o Senhor de todas as coisas e criador de todos nós, etc.

O culto de dulia é especial aos santos, como sendo amigos de Deus.

O culto de hiperdulia é o culto especial devido a Maria Santíssima, como Mãe de Deus.”

Para quem se interessou, este texto é da Igreja On-line, portalcot.com, que com todo respeito, copiamos aqui para tentar esclarecer um pouco mais esse assunto. O texto original possui muito mais argumentos para aqueles que gostam de ler a Bíblia e dar interpretações particulares.

Como professava, Santo Inácio de Loyola: “Muita sabedoria unida a uma santidade moderada é preferível a muita santidade com pouca sabedoria.”  Por isso não me assusta, quem diz ter tanta fé, mas não respeita a tradição e não medita sobre um assunto antes de proferir sua opinião.

Para demonstrar isso, lembro de uma discussão atual, onde evangélicos, condenavam uma novela de televisão por fazer menção a São Jorge, como se ele fosse propriedade das religiões afro-descendentes, como Umbanda e Candomblé. Fato este, negado por membros dessas religiões. Pois, o que me chamou a atenção foi o modo displicente com que fomos tratados. O Santo é católico, apesar de alguns problemas sobre a veracidade de documentos que comprovem sua vida, ele foi canonizado e é o Santo protetor de diversos países, cidades e até time de futebol. Pois, por isso, a ele devemos respeito.

“Quando os convido a ser santos, peço que não se conformem em ser de segunda linha, mas que aspirem a um “horizonte maior. Não se conformem em ser medíocres.” Papa Bento XVI

Fontes: Frates in Unun.com e Portalcot.com

Cavaleiros Templários – Segunda Parte

Das Cruzadas a crise

“As cruzadas tomaram Antioquia (1098), Jerusalém (1099), e estabeleceram oprincipado de Antioquia, o condado de Edessa e Trípoli, e o Reino Latino de Jerusalém, os quais sobreviveram até 1291. A esta seguiram-se a Segunda Cruzada (1145-48) e a Terceira (1188-92) no decorrer da qual Chipre caiu sob domínio latino, sendo governado por europeus ocidentais até 1571. A Quarta Cruzada (1202- 04) desviou-se do seu curso, atacou e saqueou Constantinopla (Bizâncio), estabelecendo domínio latino na Grécia. A Quinta Cruzada (1217- 21) foi a primeira do rei Luís IX da França. Contudo, houve também um grande número de empreendimentos menores (1254 -91), e foram estes que se converteram na forma mais popular de cruzada.”

Com a crise entre o Papa Gregório IX e o Imperador Frederico II do Sacro Império Romano começou a ruir a fortaleza que era o poderio dos Templários no oriente próximo. Os muçulmanos atacavam de forma mais metódica, quebravam os suprimentos para os castelos e as cidades mais distantes, de forma a isolá-los do resto do exército de Deus. Isso foi gradativamente gerando uma retirada dos cristãos das terras conquistadas.

Uma vez, foram descritos por Jacques de Vitres, como “leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, a suavidade para com Seus amigos”.  Agora, acossados pelas forças da Lua Crescente, perdiam esse brilho, o entusiamo da fé dava lugar a sentimentos mornos, como necessidade de segurança e comodismo. Outra questão que os cativava mais eram as finanças, cuidar das rendas dos reis da Europa e o patrimônio da Igreja tomava cada vez mais tempo e necessitava de muitos mais monges do que antes. Antes guerreiros, agora bancários. A boa vida havia os amolecido.

O desfecho veio em 1291, com a perda da Cidade de São João do Acre, última cidade cristã na Terra Santa. Fato que diminuiu a popularidade da Ordem frente aos soberanos cristãos e fez aparecer uma crise interna. Os mestres estavam desmotivados e não seria difícil ruir o sistema que restou.

Um país com um Rei endividado, com herdeiros de pouco valor e com muitas pretensões foi quem visualizou a chance de dar um bote nessa rica e outrora importante Ordem. Felipe IV, o Belo, rei de França, foi quem melhor se encontrava perante os Templários. Seu opulento reinado escondia uma grave crise financeira, seus herdeiros estavam sempre envolvidos em escândalos e tinha pretensões expansionistas além do seu poderio militar.

Felipe, com a ajuda de seu Guarda Selos, Guilherme de Nogaret, conseguiram a arquitetar a candidatura e a nomeação de um papa francês, um homem fraco de personalidade, Clemente V. Mas Felipe IV, foi muito ardiloso, apesar da lei da Ordem pedir para se evitar, o Grão Mestre, Jacques de Molay, foi padrinho de batismo da filha do rei. Com isso, se tornaram próximos, o bastante para que o rei soubesse muito sobre o funcionamento da Ordem.

O guarda selos foi o encarregado da correspondência entre o rei e o Sumo Pontífice, para que nada desse errado. Em 14 de Setembro de 1307, foram expedidas as ordens de prisão. Cumpridas em 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira que criou o mito da Sexta-feira 13. Um dia em que até os poderosos podem cair.

Na prisão, receberam toda sorte de tortura e muitos confessavam o que seja lá que for que os seus torturadores diziam. Que eles adoravam o anjo caído, que veneravam uma figura negra com partes de animal, parte homem. Tudo que os Inquisidores precisavam para uma acusação de heresia, fato este que somente poderia ser “curado” com uma fogueira sagrada.

Queimado na fogueira, Jacques de Molay, antes de morrer convoca os seus algozes a presença de nosso Senhor em até um ano. Ao ouvir tais palavras, o rei responde com um “deveria ter mandando cortar as línguas primeiro.” Apesar do ceticismo, a maldição acontece e em um anos, os três padecem, Guillherme de Nogaret, o Papa Clemente V e Felipe IV o Belo, que morre após um acidente em uma caçada.

Hoje, se sabe que o Papa planejava absolver os Templários e que a figura venerada por esses é o Santo Sepulcro, o véu em que nosso Senhor Jesus Cristo foi envolto em sua morte. Historicamente, esse véu desapareceu durante o período dos Templários, ressurgindo em uma coleção particular depois do desaparecimento da Ordem dos Templários.

Espólio e herança

A Igreja e os reis europeus lutam pelas riquezas da Ordem. As terras e as posses dos Castelos são mais fáceis, a herança filosófica é que foi mais complicado. Muitos são apontados como herdeiros, como a Franco Maçonaria, cuja origens poderiam ser de Mestres que na perseguição, fugiram da prisão indo se refugiar na Escócia.

Em Portugal, D. Diniz recebe ordens do Papa para entregar os bens dos Templários, o que ele fez foi transferir para uma nova Ordem, Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem da Milícia de Jesus Cristo), em vez dos Hospitalários, que eram controlados pelo Papa. Um mistério foi a famosa esquadra dos Templários, que zarpou na noite das prisões e despareceu. D. Diniz nomeia o primeiro Almirante português, nessa época e Portugal nem tinha esquadra ainda.

Outros membros poderiam ter se refugiado na Suíça, sendo que antes disso o sistema bancário suíço não existia e os monges conheciam as forma de empréstimo, depósitos de valores e linhas de créditos que seriam o berço dos atuais sistemas bancários. Da Suíça, sairiam depois, soldados bem treinados que se tornariam mercenários em diversos exércitos europeus, como a famosa Guarda Suíça do Papa, que por sua lealdade se tornaram a guarda pessoal do Santo Padre.

Os membros restantes teriam mudado de nome e fugido para terras mais distantes a bordo de navios da Ordem.

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