O futuro da Internet

A preocupação com os próximos 25 anos

Um dos criadores da World Wide Web, Tim Berners-Lee está promovendo a criação de uma Constituição para Internet e pede a colaboração de todos para que isso se realize. A liberdade que hoje desfrutamos e a segurança que dispomos em manter os nossos dados na rede correm risco. Segundo declaração de Berners-Lee ao periódico El País, “À medida que a Web completa 25 anos, fica evidente a falta de dados para realçar e defender a web. A comunidade que formamos é tão grande como o mundo; lutamos contra ameaças de segurança cada vez mais reais, assim como a proteção da privacidade, infraestruturas abertas, neutralidade da rede e proteção de conteúdos entre outros desafios. Acredito que seja vital que se passe para a ação, que se realce e se defenda a web”, destaca.

Após os vazamentos de informações da NSA (National Securit Agency) dos Estados Unidos pelo seu antigo funcionário e analista Edward Snowden fica evidente a fragilidade do sistema. Queremos proteção e ao mesmo tempo exigimos privacidade e isso gera um paradigma dificil de resolver. Se o conteúdo de quem age corretamente deve ser protegido o mesmo valerá para quem quebra a lei no “mundo virtual” e se as ações dessas pessoas forem vigiadas o mesmo deverá valer para todos.

Segundo o New York Times, o governo norte-americano teme a entrada de servidores e equipamentos para Internet produzidos pela gigante chinesa Huawei. O motivo apontado seria que as forças de segurança chinesas estariam implementando “portas dos fundos” nesses equipamentos para que posteriomente pudessem acessar as informações dos usuários.

O que seria apenas uma desculpa para medidas de proteção de mercado pode representar um rombo mais fundo, nos documentos de Snowden se revelou que a própria NSA seria a responsável na criação dessas “portas dos fundos” nos servidores chineses e que eles estariam captando as informações fornecidas por essa fenda. O uso desse recurso seria para conseguir a entrada em países que não costumam comprar produtos norte-americanos e em países aliados que trabalhem de forma independente. A desculpa apresentada pelos oficiais do governo americano é sempre a mesma, a legítima segurança nacional.

Outra grande empresa chinesa na mira do serviço de Inteligência americano é a ZTE e as mesmas medidas foram pedidas pelos seus especialistas. Como a proibição de aquisições e associações com empresas nos Estados Unidos. A Huawei reclama de protecionismo e afirma não ter qualquer vínculo com o “Exército de Libertação Nacional”, conforme é dito pela NSA, mas que jamais provou publicamente.

A internet ainda é um mundo novo, diferente do mundo real aonde a humanidade levou centenas de anos para se ajustar. Como dizia aquele antigo ditado, “é no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam” não tivemos tempo para assimilar todas as possibilidades desse mundo. No mundo real a privacidade pode ser definida de forma física como aquele termo, “entre quatro paredes“. No mundo virtual não existem barreiras físicas o que pode levar à diversas confusões, uma extrapolação das liberdades individuais e uma fuga dos mecanismos de “fiscalização” sociais. Como agir nesse mundo?

Os grupos sociais se auto promovem como responsáveis pela conduta de seus membros e o mundo virtual possue uma dimensão mundial e isso gera um paradigma. As atitudes que não aceitas normalmente em seu grupo podem encontrar respaldo em outros lugares. Quem não possue em suas redes sociais pessoas que normalmente não teria contato?

Dessa forma, o pedido de Tim Berners-Lee é bastante coerente pois é necessário a participação de todos os usuários da rede para promover os pontos positivos e elaborar modos de coibir os pontos negativos sem necessidade de uma intervenção dos serviços de inteligência ou dos governos. Pois isso acarretaria em censura ou pior, em uma doutrinação ideológica pelo regime vigente no momento.

Frases – http://kdfrases.com

 Fonte: El País e The New York Times

O dono da bola?

A quem pertence a Internet?

Após os incidentes de espionagem realizadas por órgãos oficiais norte-americanos, os membros da Comissão Europeia estão preocupados com a crescente pressão dos Estados Unidos em tornar efetivas, medidas de controle sobre a rede mundial de computadores.

A ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers) agência americana que regulamenta o uso da Internet em seu país tem se tornado responsável por uma grande parte da circulação de dados da rede mundial.  O vice-presidente da Comissão Europeia, Neelie Kroes declarou que é o momento para que os Estados Unidos afrouxem o controle sobre a rede.

Apesar de ser um dos países que mais contribuiu com rede, com a participação de empresas privadas, Universidades e até mesmo pesquisas realizadas pelas forças armadas, isso gerou um certo sentimento de posse para os americanos em relação à Internet. Claro que isso contraria em muito, as intenções dos primeiros pesquisadores, mesmo os que estavam sendo financiados pelos órgãos de defesa norte-americano. A rede iniciou como um projeto livre, sem censura ou qualquer tipo de gerenciamento, para a livre circulação das informações pelo mundo.

“A web não está concluída, é apenas a ponta do iceberg. As novas mudanças irão balançar o mundo ainda mais.”
– Cientista britânico, criador da WWW

Fonte: Al Jazeera

Internet: mãe ou madrasta “má”

Os ensinamentos implícitos na rede

Se existisse uma materialização antropomórfica (forma humana) da Internet e essa fosse a sua casa oferecer os serviços de babá. Pelo amor de Deus! Esconda as suas crianças, não poderia existir babá pior!

Desculpem pela dramatização inicial mas é isso que realmente vemos no uso da Internet. Independe das belas mensagens, dos pensamentos de pessoas ilustres ou das fotos de gatinhos, a Internet é uma “má” orientadora no quesito “hábitos”. Ou seja, não é aquilo que acessamos que nós dá as maneiras, mas como nós realizamos essas tarefas.

Não é preciso ser Hacker para ser um “cybercriminoso”, o que se dissemina pela rede são as sutilezas de diversos mal hábitos, como as três maiores mentiras:

  • sou maior de dezoito anos;
  • lí e concordo com os termos do contrato;
  • Status: ocupado.

Esses são alguns pequenos exemplos, como também, os códigos para se usar um programa de graça, dar vida infinita a um personagem de jogo, espionar as mensagens do facebook do(a) namorado(a), baixar filmes de graça, copiar trabalhos e certidões de graça e apresentar como seus, etc… etc.. etc… ad infinitum.

Muitas pessoas imaginam que essas ações não geram, muitas vezes, prejuizo para ninguém e são tidas até mesmo como engraçadas. Porém, convenhamos, quando as crianças e os jovens entram em contato com o mundo virtual, que tipo de lições estão recebendo. Quais valores estarão cultivando e que exemplos irão seguir.

Apesar da idéia de muitos, valores não têm propriedade, não possuem nem dono nem “marca”. A ética não é privativa a algum grupo ou o caráter é característica que apenas cobramos nos outros. Recentemente li que “um bom vocabulário” é um valor “burgues”. Isso sim é um preconceito, ou esquecemos que “bom vocabulário” é também quesito para os “operários da língua” como jornalistas e escritores.

Podemos alterar essa imagem

Como o mundo virtual é mais um mundo multimídia, onde imagens, sons e idéias se mesclam, ele fascina mesmo a nós, usuários.  Aprender a “navegar” vicia e contagia, apesar de contrariando Fernando Pessoa, navegar não é tão preciso, quando falamos de sites, chats e e-mails. Um mundo de possibilidades, uma biblioteca que possibilita pesquisar um item em diversos livros ao mesmo tempo. Imaginem o avanço que isso representa para a humanidade, há alguma décadas, isso era apenas um sonho. Isso é que o torna um mundo “perigoso”, pessoas mal intencionadas ou até mesmo, nossa própria curiosidade pode nos armar diversas ciladas. Para que isso não ocorra, o que devemos fazer?

  • nos policiarmos a nós mesmo (sejamos vigias de nosso uso da internet);
  • estabelecer horários para navegar ( se não conseguir isso é porque o negócio é “vicio” mesmo);
  • qual a proporção entre a nossa vida social “real” e “virtual”. Você tem mais amigos no face ou no bar?
  • que tipo de lições repassamos para outras pessoas, burlar regras e “piratear” conteúdos.
  • teria coragem de agir da mesma forma na vida real? Uma auto-avaliação pode fazer bem!
  • quais os exemplos que você dá para os seus filhos? Mostra que nem tudo que se faz no mundo virtual vale para o mundo real?
  • reserva um tempo para atividades positivas, leitura e vídeos que melhorem seu “astral” ou só procura as tragédias?
  • somos o que fazemos ou fazemos o que somos? Nossas atitudes realmente demonstram nossa opinião ou apenas seguimos as tendências da rede?

A ditadura do “politicamente correto”

Como diz o filosofo Olavo de Carvalho, não importa mais a nossa idéia, desde que seja a mesma idéia dos outros. Estamos vivendo uma “ditadura democrática”, onde os outros mandam em nossa mente e censuram nossa palavras. Um mudo de rótulos, que para poder ser contra ou a favor, você deve seguir algum quesito mínimo. Se é “contra o aborto” você precisa ser católico e cristão, se fala de disciplina, é reacionário, se gosta de mulher, é ‘tarado’. Um mundo de exageros e idéias “pré-concebidas”, não existe a tolerância, o questionamento, a busca de razões do outro, apenas o seu próprio ponto de vista, mesquinho e egoista.

Pessoas são “crucificadas” nas redes sociais apenas por causa de suspeitas de vizinhos e os casos acabam na justiça! Como isso pode? Não somos todos falíveis, ou como disse o Papa Francisco, “somos todos pecadores!” Antes de julgar qualquer um, devemos analisar as nossas próprias atitudes. O que fariamos se estivéssemos no lugar dele? Aonde foi para a empatia e a condescendência?

Gostar dos outros e das opiniões alheias não é uma obrigação, mas respeitar é. Principalmente para os grupos que só gostam de exigir, mas não aceitam nenhuma contrariedade.

Existe um tempo e uma medida para tudo

Dos “crimes” cometidos pela Internet, esse é o pior, o exagero, até mesmo a água em demasia, afoga! As coisas feitas de forma extravagantes ou fora do tempo não são saudáveis, beber em excesso causa cirrose, comer em demasia, ou causa “dor de barriga” ou uma “obesidade móbida”.

Para podermos criticar, temos de conhecer; para podermos falar, precisamos primeiro ouvir! Assistimos tudo invertido, os jovens aprendem cedo a exercer a criatividade mas sem conteúdo, os resultados das provas do ENEM são gritantes. Muitos pensam até que são feitos apenas por mera  gozação! Que preparação esses jovens estão tendo?

Amar é bom, carinho é bom! Mas, como disse, tudo tem limite, confunde-se tudo, confudem amizade com sexualidade e sexualidade com promiscuidade! Pronto, já tem manifestante de boca aberta para gritar alguma frase em pró a “liberdade”, que “liberdade”! Como dizia minha mãe: entre quatro paredes, pode tudo! Mas não é isso que eles querem, não! Eles querem agredir, incomodar, desestabilizar o sistema!

O valores não pertencem a uma classe social ou um grupo, a amizade é algo tão valioso para vender tão barato, estimem aquilo que possuem, você não escolhe a família em que foi criado, não escolhe o amor da sua vida mas os seus amigos, você pode escolher!

Caros colegas, “projetos” de “revolucionários”, o sistema é formado por todos, por mim, por vocês, aquilo que vocês estão derrubando não é a casa do vizinho, não! É a sua própria casa que está caindo, que futuro querem criar para vocês mesmos. Uma analogia bem boba, a sociedade é um sistema dinâmico, ou seja, precisa da atuação de todos para continuar em frente, isso é, parece com uma criança andando de bicicleta, se ela parar de pedalar, acaba caindo!

O valor daquilo que adquirimos

Por mais que não gostemos do sistema, que critiquemos o Capitalismo Selvagem e as suas consequências na Sociedade Moderna, ele é imprescendível para o nosso modo de vida. Trabalhar e obter um ganho monetário é condição “sine qua non” ( necessária ) para sobrevivermos, ou seja, adquirir bens e serviços, desde os mais básicos até os mais supérfluos. Todos sabem disso, mas no momento em que navegam pela Internet, os ícones coloridos se tornam figuras sedutoras que nos induzem a querermos o contrário.

Por mais interessante e vantajoso que seja adquirir um bem ou serviço por um pequeno valor ou quase zero, devemos nos lembrar de certas leis ou regras. Nada pode ser tão bom se for oferecido de graça, ou seja, como diziam os antigos: “esmola demais, o Santo desconfia…

Nesse caso, não podemos exigir muito daquilo que nos é oferecido por tão pouco, pois pode haver alguma outra razão por trás. A primeira regra nesses casos é desconfiar de tudo.

A desconfiança como regra de sobrevivência

Antigamente, os homens temiam aquilo que não enxergavam ou aquilo que não conheciam, no caso da Internet, os perigos estão bem visíveis, na verdade são coloridos e em alguns casos, piscam, dançam e nos convidam a entramos em sua boca e descermos garganta abaixo.

Temos de nos policiar, pois as facilidades estão na nossa frente, não adianta falar que isso não é certo ou aquilo não é lícito se acabamos sempre entrando em mais uma “pirâmide” para ficarmos milionários ou acreditamos nas mais absurdas fofocas. A lição de vida do Facebook é “somos livres para curtir e compartilhar aquilo que gostamos e aquilo com que concordamos mas não somos obrigados a concordar com tudo.

Nesse caso, devemos obrigação apenas com a nossa consciência e os nossos próprios valores, não adianta concordar com os outros só para fazer bonito ou ser “politicamente correto“. Que age assim é demagogo, não pode ser de confiança pois sempre mudará de opinião. A verdade é sempre coerente e não muda de cor, de lado ou de sabor, apenas porque o personagem é outro. Para cada direito reinvidicado existe um dever a ser cumprido, a cada vantagem adquirida, existe algo que devemos abrir mão.

São inicialmente regras de vida, mas com cuidado e boa vontade, podem servir de baliza para podermos navegar pela rede com segurança e para podermos realmente retirar algo produtivo dessa jornada! Boa Sorte!

“Na internet todos são filósofos, poetas, inteligentes…
Na internet todos são belos, felizes, muito ocupados e bem sucedidos.
Sei não… Acho que eu vou me mudar pra lá.” Christian V. Louis

Pérolas do Suporte Técnico

A defasagem linguistica entre clientes e técnicosanalise de dados

As vezes parece ser por causa do dialeto técnico, as vezes devido a imersão no “mundo virtual”, mas nos técnicos temos uma forma muito exata de ver as coisas, sempre regrada e até mesmo um tanto formal.  Quando temos de interagir com os clientes, geralmente leigos, é aí que a “coisa pega” como dizem as “más línguas”.

Veremos algumas situações:

  • Ao iniciar um atendimento, você pergunta se o cliente está pronto para fazer a instalação do programa e ele responde.

– Estou pronto sim, podemos começar!!!

Fica em silêncio alguns instantes e depois pergunta:

– Precisa ligar o computador para fazer isso???

  • Você pede ao cliente que deslige o Modem, conte até dez e o relige novamente, daí o cliente diz:

– O Senhor pode me ajudar! Estou sem relógio!

  • Você começa um procedimento e percebe que o cliente já está utilizando o computador e diz:

– Por gentileza, o senhor pode fechar todas as janelas!!! O cliente desaparece por alguns momentos da linha e quando

retorna, você pergunta inocentemente:

– Como está agora?

– Abafado, né!!!

  • No meio de um procedimento, você pede para o cliente selecionar um arquivo e mandá-lo para lixeira com o mouse… escuta um estampido e pergunta o que houve para o cliente que inocentemente responde…

– Fiz como o Senhor mandou e joguei o mouse na lixeira…

  • Ao perguntar qual o navegador de internet que o cliente costuma usar, existem diversas resposta incríveis como:

-> Não sei qual, aparece um URUBU de coquar!!! Se trata do Linux Kurumin, e na verdade nem se trata do navegador, mas do sistema operacional da máquina.

“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.” Blaise Pascal