A defesa do bom e velho Português
Não me digno mais a ficar em tal situação,
Pelos indolentes, que mudam essa língua,
Além da preguiça, nada mais têm.
Inflacionam nosso números,
Valem só cinquenta, os nossos tíbios cinqüenta.
Junto me a Fernando Pessoa, nosso poeta mór,
Quero ser e querer, o direito que defendíamos,
A letra pequena que vem do Inglês,
Não nos serve, como a assertiva lusíada,
Que nos mostra o mundo, como ele é,
Dita ao navegante, aonde ele está,
E dá ao artilheiro a precisão,
Com elegantes modos e pronuncia cortês,
Aponta na palavra, quem é a tônica,
Que cadencia meu belo palavrório,
Valioso, como tesouro de um corsário,
Depositado no baú de algum dicionário.
Como um Deus, o poeta regressará
Dando a sentença morta, sua justa ressurreição.
“Quero correr esse risco de VIDA, pois a morte já é certa.”