“Deus não age sem uma certa ironia”
A maior testemunha dessa frase, sem dúvida é a história humana, os acontecimentos em sequências estranhas, parecem ser orquestrados para darem sempre um certo ar “cômico“, como se fossem previamente planejados.
Diversos fatos apontam para que, movimentos considerados “tradicionais“, acabam por fornecer as melhores evoluções e personagens tido como “modernistas” acabam se tornando apenas precursores do sistema ou na pior das hipóteses, um retrocesso. Foi em governos monárquicos que aconteceram as maiores “revoluções“, como a Revolução Industrial, o uso da máquina a vapor no transporte, a popularização do rádio como forma de comunicação de massa, entre outros.
De tal fato, nem o Sumo Pontífice escapa, Bento XVI, considerado a principio, até mesmo “ortodoxo” por certos movimentos, parecia ser tradicional e sempre delimitado pela regras, nos brinda com uma decisão “revolucionario”, o de “abdicar” da cátedra de São Pedro.
Tal foi o andamento de seus trabalhos, tanto como catequista, doutrinário e até mesmo escritor que ele deve ter chegado a um impasse, e tal era quantidade de trabalho que ele começou a exigir de si mesmo e esse mesmo trabalho refletia em sua posição de Sumo Pontífice que ele começou a se preocupar em que ao perder as “forças”, não estaria mais a altura de manter essa demanda de homilias, encontros e audiências, como também manter as celebrações litúrgicas relativas ao seu cargo. No caso dele não mais exercer as suas atividades, outros assumiriam, mas seriam apenas cardeais e bispos, que agiriam de forma “executiva” sem vontade ou poder para alguma inovação ou medida mais radical.
Outro ponto importante, o final da vida de um Papa não é nada fácil. Qualquer que seja os males que sofra, ele é uma pessoa famosa, sua vida particular é vista como alvo da mídia e esta, diferente do chefe de Sua Santidade, Deus, não perdoa. Ele teria os pormenores de seu sofrimento revelados em periódicos e impressos em todo o mundo. Talvez para uma pessoa tímida, como fora a vida do Cardeal Joseph Ratzinger, possa ser algo assustador. Nem todos tem vocação para Santo, como o Beato João Paulo II e aceitem dividir com o público a cruz que carregam.
Um personagem atual que mostra o lado contrário, seria a do Presidente norte-americano, Barack Obama, figura singular desde a sua eleição, como o primeiro Presidente negro na Casa Branca, até o momento, não conseguiu conduzir o governo na forma desejada. Suas medidas e sua posição em assuntos polêmicos, é timida, como no caso da prisão de Guantanamo em Cuba, que era uma promessa de campanha que a fecharia, mas o assunto se arrasta e muitos prisioneiros aguardam algum tipo de desfecho. Esses prisioneiros que formalmente não foram acusados de nada, apenas suspeitos de terrorismo são o mais puro exemplo de violação dos direitos humanos que o governo americano tanto tenta defender em “outros” países, mas não em sua própria terra. Os escandalos nas forças armadas e o seu “histórico” parceiro Israel, mostram que ele não é o “liberal modernista” que teve a imagem propagada em sua campanha eleitoral. Apenas outro Presidente Busch, apenas em novas cores.