Aonde estão as obrigações do Metrô

Qual o serviço mínimo a se esperar dessa empresa?

Quando estamos nas estações do Metrô de São Paulo, nos deparamos com inúmeras placa e avisos nos indicando como proceder, os cuidados com o vão entre a plataforma e o trem, cuidados com bolsas e mochilas, aviso para não prender a porta para não causar atrasos no sistema, cuidados com a bicicleta, disque denúncia, não pedir esmola e nem vender nas estações e nos trens, como também não fumar.

Tantos deveres e obrigações para o usuário, mas e o inverso: na página do Metropolitano de São Paulo temos no máximo, as notícias e avisos de atraso que esquecem de algumas questões:

  • qual é tempo máximo tolerável de atraso?
  • quais as obrigações do Metrô no caso de atraso?
  • qual a quantidade máxima de passageiros por vagão?
  • quais os planos para diminuir o impacto nos horários de pico?
  • quando podemos ser ressarcidos por prejuizos causados pela falta de serviço no Metrô?

Porque não existe uma carta de intenções que demonstrem o nível mínimo de qualidade dos serviços do Metropolitano de São Paulo, como também da infraestrutura básica a se esperar das estações, como bebedouros, toaletes, trocadores de fraldas, quiosques para consumo de alimentos e ambulatórios.

Não somos máquinas

Apesar dos anúncios de recordes do número de passageiros, não existe um retorno na qualidade dos serviços prestados, na maioria das vezes escutamos uma frase em um português horrível:

– Paramos para aguardar a movimentação do trem a frente!!!

Claro que o trem está a nossa frente, nós estamos sobre um trilho, ou está a nossa frente ou está atrás, não é possível estar ao nosso lado ou acima de nós!!! Porque não utilizar, outro trem ou do sistema. Afinal não esperaremos o trem que está atrás de nós. Em outras situações, nem anúncio do motivo da parada ou do atraso existe, num verdadeiro desrespeito a população.

Mobilização popular

Quando a população irá se conscientizar de que merece muito mais pelo valor pago. Diferente do ônibus, em que existe uma real “integração” e durante um período você tem direito a troca de ônibus e de itinerário sem pagar outra tarifa. Ledo engano, se você imagina que isto é de graça, o valor da passagem cobre muito bem isso.

No Metrô isso é mais gritante, ao sair de uma estação você tem de pagar integral se entrar em outra e o desconto no ônibus é de menos da metade de uma tarifa inteira.

“As únicas coisas que evoluem por vontade própria em uma organização são a desordem, o atrito e o mau desempenho.”  Peter Drucker

Irrita você

Andar de coletivos na cidade de São Paulo

Antes de existir essa nova doença, o stress, antigamente quando algo te incomodava somente se chamava “irritação”, mas isso apenas indicava o efeito de raiva produzido em situação que “existem”, mas teoricamente, não deveriam existir. São frutos da falta de diversos fatores humanos essenciais, como educação, bom modos, planejamento e bom senso.

Alguns exemplos de situações típica e cotidianas, infelizmente:

Irrita você, andar de pé no ônibus, somente porque o ponto, no qual você sobe está no meio do itinerário e a maioria das pessoas vai descer um ponto antes do seu.

Irrita você, quando chega no seu ponto, você dá sinal e as cinco pessoas que estão na frente da porta não vão descer e não deixam passagem, mesmo que você peça licença

Irrita você, a velhinha que sobe e fica em pé do seu lado, só porque quer justamente o assento em que você está e o assento destinado a idosos está vago.

Irrita você, o rapaz que carrega até a “pia da cozinha” na mochila e esquece de a  tirar das costas e fica bem no meio do corredor atrapalhando todo mundo.

Irrita você, o ônibus que tem o “sinal de parada” quebrado e quando você aperta o botão, apenas pisca, se você tem fé no motorista, aperta apenas uma vez e se passa o ponto e grita para parar, o cobrador diz que, “o passageiro não apertou o botão e eles não adivinham” e a situação contrária, quando você fica apertando o botão ininterruptamente e o cobrador grita que “hei, não tem interruptor em casa”. Em todos os casos, o passageiro é quem está errado.

Irrita você, entrar num ônibos lotado, que aqui em São Paulo é pleonasmo, pois achar “ônibus vázio” é sinal de muita sorte. Você tentar passar a roleta mas todo mundo se concentra na primeira porta de saída e a segunda porta que fica atráz está vazia e você passa do seu ponto.

Irrita você, e muito, alguém escutando funk num volume alto e compartilhando com todos, aqueles “eufemismos” ao contrário, e na outra mão, o infeliz, carrega um fone de ouvido.

Se você vive outras situações em coletivos que o irritam, nos envia sua história, para mostrarmos aqui.

São Paulo vista por um estrangeiro!!!

A vista da cidade por olhos diferentes

Como disse anteriormente em outro post aqui publicado, seria interessante haver um concurso de fotos sobre a cidade de São Paulo, como por exemplo, as fachadas de prédios. Nesta cidade de estilos tão diferentes, existem maravilhas arquitetônicas que vivem ocultas a meio de tantos prédios de perfil “quadrado”, prédios estes que se fossem narrativas, seriam tão somente “politicamente corretos”, práticos e sem nada a acrescentar aos nossos olhos. Mas existem outros, com singulares combinações de materiais, formas e cores que nos enchem a própria alma, como se vivos fossem. A esses, dedico essa breve matéria.

Aproveitei para atualizar as fotos, espero que gostem!!!

Palacete Martins Fontes, Avenida Ipiranga

Palacete Martins Fontes, Avenida Ipiranga

Mercado Municipal
Mercado Municipal

 

 

 

O trem urbano, um personagem de nossa paisagem...

O trem urbano, um personagem de nossa paisagem…

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Rua paralela a 25 de março

 

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Prédio na Avenida Senador Queiroz

Uma estranha matemática

Como calcular sua jornada num ónibus circular

Na cidade de São Paulo, milhares de pessoas utilizam do transporte público e acabam se deparando com situações no mínimo inusitadas. Como no caso de calcular o tempo de viagem, muitos podem se assustar a princípio, mas após algum tempo utilizando a mesma rota e saindo no mesmo horário, você pode perceber algumas coisas.

Num dia normal, quando está tudo preparado e funciona de acordo com o esperado, você se veste e se arruma, saí de casa e chega no ponto da mesma maneira, se houver atraso no transporte, com certeza não será culpa sua. O transporte chega e você se dirige ao trabalho normalmente. Claro que, normalmente apertado, normalmente irritado e normalmente desrespeitado.

Mas, tem dias que nada parece dar certo, suas meias somem, o sapato está sujo, a sua camiseta favorita está no cesto para lavar e acabou a pasta de dente. Você sai na pressa, com passos rápidos e se atrasa uns 10 minutos. Pega a lotação seguinte e para sua surpresa, chega no serviço, meia hora atrasado. Isso mesmo, no mínimo, meia hora atrasado.

A estranha matemática do transporte é essa, dez minutos correspondem a meia hora e dependendo da distância, pode chegar até a uma hora. Tal cálculo pode ajudar em alguma coisa? Sim, pois este cálculo prova que se colocarmos veículos em intervalos iguais o dia todo em uma mesma linha, muitos irão chegar mais rápido do que outros e alguns carros estarão superlotados e outros com capacidade ociosa.

Seria uma questão de observar melhor os horário de pico e o que ocorre nas respectivas rotas. Existem veículos que saem com capacidade ociosa e chegam no ponto final do mesmo jeito, mas durante o trajeto ficam super lotados e não proporcionam um serviço de qualidade aos usuários.

A Guerra lá e cá

Conflitos podem ser piores do que guerras declaradas

O cessar fogo após 8 dias de conflito, deixa 162 palestinos mortos e 5 israelenses, segundo a agência de notícias Al Jazeera. O conflito que foi marcado pela velha retórica israelense de “estar se defendendo” de foguetes lançados do território de Gaza não deixa de mostrar a diferença tecnológica entre os dois lados. Enquanto os foguetes árabes, ultrapassados, no máximo fazem estragos em casas e lugares públicos, os bombardeios “cirúrgicos” de Israel mataram no início desse conflito o chefe de segurança do Hamas. O Hamas é a autoridade palestina escolhida pelo povo islâmico para comandar o território de Gaza em 2007. O governo israelense não aceitou a decisão popular e desde então tenta derrubá-los da autoridade palestina.

Da mesma forma que FEMEM, grupo de ativistas russas, fez em uma passeata contra o casamento gay e a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, realizado pelo Civitas (grupo católico) na França. Ao atacarem os manifestantes e tentarem tirar a roupa de uma mulher, as ativistas do FEMEM foram expulsas e foram se queixar de estarem sendo agredidas. O governo israelense age assim também, como “minoria perseguida”, ataca e quando é rechaçado, se queixa de violência.

Recentemente, autoridades israelenses confirmaram a existência de assassinatos planejados de autoridades árabes. O que reabre as dúvidas sobre a misteriosa morte de Yasser Arafat, envenenado por material radioativo, segundo especialistas franceses.

No Brasil, um país tido como aparentemente pacífico, existe uma realidade parecida ou pior. No mês de outubro passado foram registrados 176 mortos em 150 casos de homicídios  culposos, com intenção de matar, um aumento de 92% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O conflito aberto que ocorre em Gaza conta com artilharia pesada e com o moderno sistema de defesa israelense, o que diminui em muito os estragos dos misses palestinos. O conflito “não declarado” que ocorre em São Paulo, tem como principal armamento, armas de fogo pessoais. Por serem fáceis de ocultar e o sistema de “guerrilha”, no qual, os alvos são escolhidos e determinados em situações de pouco movimento, no máximo bares.

Os motivos dessas chacinas são cobrança de dívidas de drogas, facções rivais e descoberta de policiais. Este último, por vários motivos. As ações de combate a entrada de drogas no estado, que surtiu efeito e diminuiu a quantidade de produto a ser comercializado nas ruas, enraivecendo grupos interessados. O vazamento de uma lista de dados pessoais de policiais, confirmada semana passada.

Diversas informações falam sobre pagamento de um “prêmio” por policiais mortos ou quitação de dívidas de drogas. A reação das autoridades foi a mudança de “chefes” do PCC (Primeiro Comando da Capital) para outros presídios, mais isolados e com segurança reforçada.

Devido a falta de mudança no quadro geral, com a continuidade da violência, nesta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a exoneração de Antonio Ferreira Pinto do cargo de secretário de Segurança Pública. A crise na segurança foi menosprezada pelo governo, que teria não aceitado uma oferta de ajuda do governo federal. Desde o dia 24 de outubro, 253 pessoas foram mortas na região metropolitana de São Paulo –média de 9,7 por dia.

Este ano, quase que dobrou a violência contra policiais, 95 policiais mortos desde o início do ano, contra 47 o ano passado, no estado. Perspectiva que faz diminuir o número de candidatos as vagas de policiais nas academias e desincentiva os membros da corporação a seguir carreira. A realidade deles é muito diferente de como era antigamente, para se chegar em casa ou ao sair, os policiais evitam usar fardas e adereços que mostrem a sua função, vivem acuados e com medo e com a ampliação do crime acabam morando em meio a áreas perigosas.

A saída da atuação das autoridades competentes nas áreas de risco das grandes periferias, o aumento do consumo de drogas e a crise econômica montam um cenário volátil. Uma mudança no papel da polícia é pedida à tempos, mas a discussão sobre a existência de duas polícias, civil e militar tomam tempo e desgastam a imagem das corporações. O tempo de meias medidas acabou, o governo deve agir em nome da população ou seremos um território em conflito aberto.

Fontes: Folha de S.Paulo e Al Jazeera

Falta de gestão

Crônica de uma desgraça anunciada

A cidade de São Paulo, viveu nesta segunda-feira mais um dia de caos no trânsito, devido a chuva e alguns pequenos acidentes. A situação é mesma de outras tantas, o trânsito para, as pessoas que têm carro, usam o carro por medo do transporte público estar parado,  o maior número de veículos na rua, o trânsito piora, ocorre pequenos acidentes, aumenta o atraso e assim por diante. Um autêntico ciclo vicioso da catástrofe urbana.

O mais incomoda é a falta de preparo para uma situação dessas, a falta de gestão e disso, a falta de planejamento, preparo e ação para dirimir os problemas do trânsito. Um plano de contingência, ou seja, como nos filmes, o famoso Plano B, quando as coisas não funcionam como deveriam, põe se em prática o plano B. Na falta dele a opção é rezar!

Os gestores parecem estar menosprezados pela administração pública, recentemente, foi se muito mencionado as ações da Prefeitura de Nova York, nos Estados Unidos, para a preparação pela chegada do Furacão Sandy. A cidade mais populosa dos Estados Unidos foi evacuada e preparada para uma catástrofe sem igual. E quando o furacão chegou, minimizou-se em muitos os danos causados.

Por que as autoridades brasileiras não podem aprender com esses exemplos, basta um atropelamento que o trânsito fica um caos. Ou é apenas dentro das empresas que existe fiscalização de tempo, qualidade e resposta. Uma pessoa atropelada tem de aguardar pelo socorro, o local do acidente tem de ser preservado, aguarda perícia e azar nosso se o pior tiver ocorrido. A vítima jaz em meio a via pública até o IML chegar, o que é uma grande falta de respeito.

Estamos hoje, em uma segunda-feira. Todos sabem que é um dia típico que o trânsito aumenta. Outra questão, está chovendo, muitos usam carros, o trânsito ficará mais lento. Com apenas esses dois pontos, pode se dizer que, deveria ter sido posto em prática um sistema para conter esse aumento de demanda.

O metro trabalhar em intervalos menores, serem divulgadas rotas alternativas, pedir para as pessoas evitarem o uso de automóvel e as garagens de ônibus serem instruídas a liberarem mais veículos. Todos os meios de comunicação são válidos, rádio, TV e até Internet, como as redes sociais, Facebook e Twiter.

Com os colaboradores bem instruídos e os agentes de trânsito bem treinados e equipados, dificilmente a situação sairá do controle, como bem ocorre com frequência. A pergunta agora é, quem assumirá a frente de tal empreitada???

“Comunicação é mais que informação; informação subsidia, atualiza, nivela conhecimento. A comunicação sela pactos e educa” Emílio Odebrecht

Denuncia: Bradesco São Matheus

Caixas Eletrônicos não funcionam

Neste final de semana, os clientes do Bradesco ficaram na mão. A agência da Avenida Sapopemba, próxima a Praça Central de São Matheus, São Paulo, estava com os seus caixas eletrônicos descarregados e os usuários não podiam fazer saques.

Em frente dessa agência existe um Hipermercado da rede Extra e ele também possui caixa eletrônico do Bradesco que estava também sem a mesma opção, ou seja aparentemente os caixas não foram abastecidos para o final de semana, por acaso, próximo ao dia 20, quando muitos trabalhadores recebem adiantamentos  através de sua conta bancária.

O resultado disso foi um caixa eletrônico depredado dentro da agência, ele tinha a tela de vidro quebrada. Os usuários que precisavam fazer saques tinham de ir até outra agência. A mais próxima fica na Avenida Mateo Bei.

A dúvida é, se isso foi descaso dos funcionários do Banco ou aconteceu uma movimentação maior do que as prevista? Não existe um plano de contingência para tais situações?

 

Um pouco de São Paulo

Da garoa ao concreto

Esta cidade pode ser vista de vários ângulos, de muitas formas e em vários horários que uma coisa será sempre igual, ela surpreende. Surpreende ver de manhã, o sol entre arranha-céus como um intruso a nos tocar o rosto, de uma forma quente e singela. Nos surpreende pelos seus tipos estranhos, em cada esquina um manequim diferente que salta aos nossos olhos. Um andarilho que grita, um personagem estranho, vestido como um apóstolo em dia de hallowen.

Gosto de decorar a paisagem por onde o ônibus passa, como se cada prédio ou casa fosse uma palavra nova a ser descoberta. Cada detalhe, curva, cores e texturas que formam textos diferentes em cada trajeto. Como se subir uma rua lhe contasse uma história diferente do que ao descer a mesma.

Vejo os monumentos, que muitas vezes jazem em lugares errados, como estátuas que foram esquecidas em alguma praça, mas que ali nada representam. A sucessão de eras políticas que somente advogam ao favor de uma ideologia, a de quem vence cria essas distrações disformes, ao mexer com a paisagem.

Pessoas, pessoas, pessoas, aquilo que mais se vê aqui são pessoas, de todos os tamanhos, tipos e cores, como se as calçadas fossem arco-iris paralelos as ruas. Se movem o tempo todo e a imagem que olhamos, muda em um piscar de olhos, como se fosse feita de areia. A areia da praia que o mar carrega e muda a cada maré.

Que sorte um poeta poder viver num lugar desses. Um lugar, onde o comum não é nada comum, uma sucessão de nomes estranhos, que se não o forrem, algum especialista o tornará estranho. Como a estação de metrô que chamam de Pedro II. Quem destituiu o rei, cadê o seu Dom ou querem reescrever a história.

Não precisam temer o passado, ele não é um fantasma a lhes tirar o sono, é apenas a sua origem que a cada pedra erguida, a cada monumento erigido constrói uma cidade que não para, não dorme e sempre nos alegra!!!