Pela transparência na telefonia

A cortina de fumaça do Marketing das Operadoras de telefonetelefonia_celular_oi_tim_claro_vivo

Todos os dias nossos olhos, ouvidos e mentes são cheios de propaganda das operadoras de telefone que anunciam milagres nas tarifas de telefone e prometem taxas e planos mais baratos que os seus concorrentes.

Isso intriga tanto que resolvi checar, na primeira pesquisa para encontrar um comparativo entre as tabelas das operadoras, mas o que encontrei foi na página da ANATEL, o seguinte dizer:

 Sistema desativado em 18/03/2013, a pedido da área gestora. (20)

Ou seja, o comparativo que funcionava apenas para os planos básicos, deixou de funcionar e não  deixou os usuários mais uma vez na mão. Claro que não desisto fácil, vivo como sou, procurei outras formas e dei um OI nas tabelas das operadoras…

Objetivo definido

O objetivo de minha pesquisa é encontrar qual a melhor a tarifa para realizar ligações interurbanas, ou seja, manter conversas telefônicas com pessoas que estejam além dos limites de minha cidade ou arredores. Não consigo entender a lógica de se manter conversações telefônicas longas com pessoas que você pode encontrar no dia a dia, na sua casa, no seu trabalho ou nos lugares que você costuma frequentar. Parabéns para os que caem nas ideias das propagandas defendidas pelas operadoras e gastam seu tempo falando com alguém que podia encontrar pessoalmente e que custaria bem menos.

Ou seja, quais as chances da pessoa com que tenho que falar tenha um aparelho móvel e da mesma operadora que a minha, devem ser bem poucas. Por isso, procurei as tarifas móvel-fixo, mas para minha surpresa (ou quase), COMO é difícil encontrar tais tarifas:

A TIM, é a mais bem explícita e cara, com até R$ 2,17 o minuto e a VIVO, a mais oculta, pois o plano que encontramos é apenas para aparelhos da própria VIVO. A EMBRATEL, dentro de sua área de cobertura, cobra até R$ 0,91 e fora da área, R$ 1,91. A Oi possui tarifas de R$ 1,70287 dentro da sua área de cobertura e R$ 1,97 para fora da sua área de cobertura.

Para bem entenderem, quando aparece VC2 é dentro da área de cobertura da operadora, ou seja se a região de destino e de origem da chamada, dispõe da mesma operadora e no caso VC3 seria para operadoras distintas em cada uma das regiões. Descrição essa bem difícil de encontrar, também.

No frigir dos ovos, o que sobrou foi o seguinte, quando é que as operadoras vão olhar para a verdadeiras necessidades dos usuários e para de prometer milagres que não existem e fornecerem serviços de qualidade. Aonde estão os órgãos de defesa do consumidor e a ANATEL para cobrarem uma maior transparência dos serviços prestados.

“Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.” Abraham Lincoln

Metrô: Modernidade X Desumanização

A menina dos olhos do governo em termos de transporte e cabo eleitoral de muito político é sem dúvida o metrô, redução de “Companhia do Metropolitano de São Paulo” é sem dúvida um exemplo de modernidade e progresso para o nosso Estado. Sim, nosso Estado, pois apesar de apenas existir na capital, a companhia é gerenciada pela Secretaria de Transporte Metropolitanos do governo estadual. Com uma expansão atual na casa de dois Km por ano, o metrô precisa atingir o número de oito quilômetros por ano, para poder atingir a meta estipulada de 32 quilômetros entre 2012 e 2015. O governo pretende dar novo fôlego a companhia com a entrada de empresas privadas e novos investimentos no setor.

Este é o lado que nos é mostrado pela televisão, investimentos, obras e gráficos de demanda por usuários, mas e o outro lado dessa moeda, como o usuário está sendo tratado nessas novas linhas e como ele vê o metrô hoje?

“Estações de concreto e ferro armado, predominância do cinza, trens de alumínio espaços amplos”, esta é a visão que temos ao usar esse meio de transporte. Um lugar para um grande fluxo de pessoas… eu disse “pessoas”. Isso mesmo, o transporte é feito para seres humanos, mas não parece que foi aparelhado para isso.

As pessoas tem diversas necessidades que não estão sendo lembradas nos projetos, como banheiros, bebedouros e bancos. Parece que quem fez o planejamento somente se atem ao objetivo geral de transportar pessoas e esquece de criar um ambiente que lhe seja adequado. O número de banheiros é insuficiente para o fluxo de pessoas, assim como o de bebedouros, se é que você já viu um no metrô.

Um ponto especial é o dos bancos, quase não existem nas estações, o que seria para evitar “mendigos” e “pedintes”,  ou como forma de se higienizar o meio de transporte? E se não bastasse, nos novos trens, os números de bancos está sendo reduzido, alguns usuários temem que no futuro somente existirá bancos para idosos, gestantes e deficientes físicos, ou seja, os assentos preferenciais. O que parece ser uma injustiça ao contrario, pois a lei federal que rege os assentos preferenciais, 10.741/2003, em seu artigo 39, parágrafo II, diz ser assegurado 10% dos assentos como reservados a idosos, gestantes, portadores de deficiência e mulheres com crianças de colo. Se o número total de assentos diminui, o número de assentos especiais deveria diminuir também.

O mais se nota no Metrô é o exagerado número de regras, se torna irônico ler cartazes com o dizer, sua bicicleta é bem vinda, pois tem tanta regra para usar a bicicleta que é mais fácil ir a pé. Outras regras são sobre pedintes e vendedores ambulantes, totalmente proibidos. Nós não somos a favor do que é ilícito, mas deveria haver contrapontos a essas normas. A pessoa não pode exercer a venda na forma de ambulante, mas poderiam existir os alugueis de quiosques para pessoas que precisam trabalhar. Digo isso devido a quiosques de grandes marcas, multinacionais, que não deram certo no Metrô por causa dos valores praticados, o Metrô é um transporte preferencialmente popular e as pessoas procuram preços populares.

A questão que mais irrita o usuário é a tarifa, o preço é alto e quando se faz uso de ônibus-metrô, o usuário perde a principal vantagem da integração que é a tarifa zero. Muitos dizem que a principal vantagem do metrô é você entrar nele e poder correr toda a malha metroviária com apenas uma tarifa, mas convenhamos, nem todo mundo mora próximo a uma estação de metrô e para quem não mora, a integração é inevitável. Nesse caso, outro ponto é o tempo de trinta minutos, que é o espaço para poder usar seu bilhete no metrô, se você usa, sai da estação e retorna, deve esperar trinta minutos. Dependendo da situação, pode ser um tempo longo.

As pessoas querem e precisam do Metrô, mas não podemos permitir que seja gerenciado de forma a apenas agradar políticos e ter uma bela estrutura. Ele não é transporte de cargas, o ser humano precisa ser respeitado.

Tarifas Interurbanas

Desde que o sistema de telefonia foi privatizado nesse país, um produto tem sido deliberadamente deixado de lado nas promoções das teleoperadoras: as chamadas interurbanas. Existem alguns pontos especiais nesse tipo de chamada: a urgência. quem liga interurbano, o faz por ser necessário e urgente; o tempo da chamada, mais urgente, mais tempo deve utilizar e portanto naquele esquema do “aproveita a chance” e diz tudo e o uso comercial, portanto não se fala em horários reduzidos, pois o maior quinhão para esse produto é o horário comercial e como as empresas mudaram e trabalham em turnos, não é oportuno dar descontos para horários especiais, pois pode se perder algum grande cliente.

Agora, os maiores prejudicados nesse joguinho somo nós, os clientes particulares. Pois até existem promoções para interurbanos, mas quem já tentou utilizar e conseguiu efeticamente tirar proveito disso? Afinal, essas promoções são complicadas, o cadastro e os requisitos pedidos não estão bem explicados e parece não haver nenhum acompanhamento das autoridades nesse tipo de modalidade. A gente escuta nos noticiários muito se falar sobre as promoções que as próprias teles divulgam, mas não sobre aquilo que elas deixam de oferecer. Como por exemplo, a Tim foi multada por derrubar chamadas, pois a mesma oferece um pacote com valor fixo para qualquer chamada, mas para não ter prejuízo, acaba derrubando a ligação após alguns minutos, fato este, atestado pela própria Anatel (Agência regulamentadora do setor).

Falta os clientes se mobilizarem contra essa forma de cobrança abusiva da mesma forma que fizeram com os outros tipos de abusos das operadoras ou termos em mãos algum outro sistema concorrente como o Voip que possa se tornar efetivamente popular e que não esteja nas mãos de uma minoria.