Google tem prazo para rever política de confidencialidade
A CNIL (Comissão Nacional de Informática e Liberdades) vinculada ao G29, em conformidade com as outras 26 autoridades Europeias de Proteção, decidiu que as políticas de privacidade implementadas pelo Google em 1º de março estão em “conformidade” com a legislação europeia e com as leis de proteção de dados.
Por isso, a Presidente da Comissão, Isabelle Falque-Pierrotin, informou a imprensa em audiência que a empresa foi solicitada a mudar sua política em até quatros meses e se caso nada seja feito, medidas litigiosas serão tomadas. O Google havia respondido, anteriormente, com um documento de 94 páginas, mas que a Comissão julgou insatisfatório, enviando a ele medidas que sugerem que sejam seguidas, principalmente quanto a transparência do uso dos dados aos usuários, que seriam os donos desses dados
Essas medidas coincidem com fatos ocorridos nos Estados Unidos, onde o Google é investigado por práticas abusivas e por monopolizar as pesquisas na Internet e favorecer empresas ligadas a ela. Fato semelhante ao ocorrido com a Microsoft e o Windows nos anos 90, quando o único navegador permitido era o Explorer. Agora, o Google que está em foco, pois nos resultados de pesquisas no seu “buscador”, não aparecem empresas que não estejam em seu rol de parceiros comerciais, impedindo que empresas concorrentes apareçam mais no mercado. Quanto a questão de privacidade e confidencialidade, os Estados Unidos são mais flexíveis que a União Europeia. Mas enquanto o quadro não se modifica, existem cogitações a respeito de uma sanção histórica como a feita contra a Microsoft tempos atrás.