Patriotismo à venda!!!

Quando o interesse fala mais alto

No recente caso dos “Médicos Cubanos”, no qual o governo da Presidente Dilma, (eu sou antigo), que pretendia trazer 6.000 médicos da ilha de Fidel para colaborarem no SUS.

O Conselho Federal de Medicina ficou indignado com tal anuncio e porquê, em outros países existem médicos estrangeiros trabalhando normalmente, apesar do sistema político, os médicos cubanos são elogiados por jornais especializados. Criticam a qualidade dos profissionais mas esquecem que as estatísticas demonstram que a qualidade do sistema de saúde de Cuba chega próximo  a dos Estados Unidos e a do Brasil está lá embaixo. Porque os médicos brasileiros não são obrigados a atender por um determinado período pelo SUS para receber a efetivação em sua profissão, como eles tanto cobram do profissional estrangeiro uma validação de suas capacidades em território nacional.

Como sempre, o Brasil é um país carente de patriotismo. Palavra esta que invocamos toda vez que nossos interesses são ameaçados, não é a primeira que vemos isso. Nas outras tantas situações ou se refere a futebol ou a qualquer manifestação musical. Esse patriotismo de vitrine que é feito “para inglês ver” não aparece no dia a dia, no trabalho ou em nossas reuniões sociais.

Nos Estados Unidos, os cidadães costumam hastear a bandeira em frente de suas casas, costume esse vindo do tempo da Guerra de Indepedência, visto que o movimento foi popular. No Brasil, nossa Independência se teve por decisão política de nossa própria liderança, o que gera uma certa ironia, pois D. Pedro I era nosso governante e o legítimo herdeiro da Coroa Portuguesa. Um caso incoerente, pois não fomos personagens de um dos maiores eventos de nossa própria história.

Em outros países, usar a bandeira como símbolo de roupas, enfeites de mesa, souvenirs, brindes e lembranças é bastante comum, aqui não, o militarismo quando assumiu impôs regras para o uso dos símbolos nacionais, como se eles não pertencessem ao povo. Quando iremos reinvidicar o direito de usarmos os nosso “símbolos“, de sermos donos de nossa história, de jorgarmos fora essa imagem de país com falso patriotismo, aquele tipo quando a situação aperta, todo mundo pega o primeiro vôo para o Paraguay.

Um país como a Irlanda, pequeno em tamanho e com grande patriotismo, onde o lema de guerra é “Só nós, sozinhos“, onde eles ficam até o último homem para defender a sua terra amada.

“Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela.” John Kennedy