O Maravilhoso Tanque Submarino alemão

Se acha que já viu de tudo, imagine a idéia de invadir um país inimigo por baixo d`água mas não com tradicionais submarinos, mas com veículos com esteiras que caminhariam pelo fundo do mar! A Alemanha teve essa idéia durante a segunda Grande Guerra, mas após modificar 160 de seus veículos blindados abandonou o projeto por razões não explicadas em 1941. O projeto foi revelado pelos russos.

Tanque submarino: Panzerkampfwagen III Ausf H (U) – Tauchfahig (U-Panzer)

Em 16 de julho de 1940, o comando nazista aprovou o plano da Operação Leão Marinho. De acordo com o plano, o exército alemão deveria cruzar o Canal da Mancha para uma invasão terrestre da Grã-Bretanha. Foi planejado usar cerca de 25 divisões e tanques, mas aqui está o problema: como contrabandear os tanques sem ser notado? Um alemão não será alemão se não inventar outra arma maravilhosa (Wunderwaffel).

Decidiu-se criar tanques capazes de forçar barreiras de água a uma profundidade de 15 metros. A escolha recaiu sobre o PzKpfw III – versão de seu comandante – e o PzKpfw IV por sua simplicidade e confiabilidade.

Escotilhas, dispositivos de visualização, abas e similares foram selados com juntas de borracha, selante ou resina de cabo, e algo foi completamente aparafusado. O mantelete da arma, a cúpula do comandante e a metralhadora frontal foram cobertos com capas de tecido impermeável, e as lacunas no casco, sob a torre em particular, foram fechadas com juntas de borracha. A parte mais importante era o snorkel, que fornecia ar à tripulação e ao motor. Era um tubo de borracha de 18 metros de comprimento e um flutuador com antenas de rádio presas a ele.

Algumas mudanças foram feitas no design do motor, devido ao qual o resfriamento foi realizado pela água do mar, e as bolhas de escape foram quebradas por uma carga elétrica, o que dificultaria o desmascaramento do carro.

Também não houve problemas com controle e navegação: os tanques estavam equipados com girobússolas e os faróis podiam fornecer visibilidade suficiente à tripulação.

Em 1941, a operação foi cancelada. Naquela época, os engenheiros alemães haviam convertido 160 tanques da terceira (F / G / H / E) e quarta (H) modificações. Esses desenvolvimentos não desapareceram à toa: foram transferidos para a Frente Oriental. E num futuro próximo, a experiência adquirida foi utilizada em “Tigers“.

O espelho mágico

Esse é ao contrário do espelho da bruxa

Na história da Branca de Neve, a bruxa perguntava: – Espelho, espelho meu! Existe alguém mais bela do que eu?

Ela queria verificar a existência de alguma pessoa com maiores qualidades do que ela, nesse caso seria pelo padrão estético. Seu desejo e a sua ambição seriam o de possuir maiores dons do que os outros, um caso clássico de egocentrismo e vaidade misturados. O que notamos na imprensa hoje em dia é exatamente o contrário, a pergunta mudou: – Espelho, espelho meu! Existe alguém pior do que eu?

As colunas se tornaram um verdadeiro desfile de terror, quais os defeitos e vícios de seus adversários ou supostos inimigos são demonstrados. Quais erros cometeram e quais intenções são as mais maléficas possíveis. Quando citam alguma qualidade, ela teria algum objetivo nefasto. As analogias são as mais estarrecedoras possíveis e não poupam nenhum período negro da história.

Reductio ad Hitlerum

Esta é a denominação de um vício na dialética, uma falácia muito utilizada, poderiamos dizer que é até um “golpe baixo” que visa acertar alguém sem a possibilidade de um argumento de retorno. Segundo o Wikipédia teria a seguinte explicação:

“O argumento carrega um forte peso emocional e retórico, uma vez que em muitas culturas qualquer relação com Hitler ou nazistas é automaticamente condenada. A tática é muitas vezes utilizada para desqualificar argumentos ou mesmo utilizada quando não há mais argumentos, e tende a produzir efeitos mais agressivos do que racionais nas respostas, desviando o foco do oponente.2 Um subtipo dessa falácia é a comparação das intenções de um oponente com o Holocausto.2 Outras variantes incluem comparações com Gestapo (a polícia secreta nazista), fascismo, totalitarismo1 e até mais vagamente com o terrorismo.3

Um exemplo disso é a crise da Crimeia, onde a guerra de informações chegaram com a falta de argumentação à níveis considerados covardes. A secretária de Estado norte-americano Hillary Clinton comparou o presidente russo Vladimir Putin à Adolft Hitler, por ter concedido facilidades para cidadãos da Crimeia obterem passaportes russos. Fato semelhante ocorreu quando Hitler concedeu passaporte alemão para os descendentes de alemães que viviam na Tchekoslováquia e na Romênia antes da II Grande Guerra. O argumento usado por Hitler na época era de que aqueles que tinham ascendência alemã não estavam sendo bem tratados pelo Governo e que ele precisava “proteger o seu povo”.

O presidente russo diz que a troca de governo na Ucrânia foi um golpe e que os cidadãos da Crimeia não o apoiaram e foram ameaçados por isso, em seu discurso, ele diz: ” Os que se opuseram ao golpe foram imediatamente ameaçados de serem reprimidos. Claro que os primeiros da fila foram os crimeanos – a Crimeia que fala russo. Por isso, os moradores da Crimeia e de Sevastopol voltaram-se para a Rússia, pedindo ajuda para defenderem seus direitos e a própria vida, e para impedir que continuassem os eventos que prosseguem, de fato, até hoje, em Kiev, Donetsk, Carcóvia e outras cidades ucranianas.

Naquilo que podemos chamar de um “contra-golpe”, no mesmo discurso ele responde aos ocidentais com a mesma retórica da Sra. Clinton, ” Aquele golpe foi executado por nacionalistas, neonazistas, russófobos e antissemitas. E continuam a determinar o tom na Ucrânia ainda hoje.” E em outro trecho ele foi mais incisivo ao afirmar que, “Mas não há como não ver as intenções bem claras desses herdeiros ideológicos de Bandera, que foi cúmplice de Hitler na 2ª Guerra Mundial.

Quem ele cita acima é Steban Bandera, líder nacionalista Ucraniano que apesar de ter sido preso pelos alemães durante a II Grande Guerra foi morto por ordem do governo russo. Ordem esta que partiu de Nikita Khrushchev.

Ou seja, apesar da classificação das ideologias dizer que o nacional-socialismo (nazismo) estar junto com o comunismo (extrema esquerda) muitos ainda tentam o colocar na extrema-direita. Como na famosa e repetida frase de Lênin, “xingue-os daquilo que você é, acuse-os daquilo que você faz”. Na história do partido nazista existem dois pontos de disputa, internamente, Hitler ao se contrapor aos irmãos Strasser que eram de uma linha mais esquerdista e externamente com o próprio partido comunista alemão. Esses conflitos de poder revelam posicionamentos políticos diferentes de cada personagem, contudo, o partido, em linhas gerais, não deixou de ser socialista ou se tornou de extrema direita como é hoje definido.

Existem diversas outras comparações como essa que estão sendo disseminadas pela Internet, fica dificil para um leitor leigo encontrar algum sentido ou não ser “levado pela corrente” e acabar reproduzindo essas mesmas palavras. A primeira regra é “desconfie de apelos aos sentimentos” ou afirmações absolutas, pois nem sempre possuem um embasamento que seja verdadeiro ou uma boa intenção.

“Torne a mentira grande, simplifique-a, continue afirmando-a, e eventualmente todos acreditarão nela” Adolf Hitler

N.A. Desculpem pela escolha da frase, mas fica irônico o próprio personagem descrever o destino de si mesmo e de sua obra.

Fonte: Pravda.ru

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