A bissexualidade vai predominar no futuro? Por quê?

Não, ela não vai predominar!

Esse artigo, escrevo como resposta a um blog que lí no portal do UOL, sob o nome de Blog da Regina Navarro Lins; junto a  isso foi realizado uma enquete para saber a opinião dos leitores a respeito desse tema. No caso, o texto como sempre, dos que defendem “novas alternativas sexuais”, possui argumentos falhos e imprecisos, pois são sempre confundidos fatos e direitos. Por isso, não são mostrados por completo e levam o leitor a se confundir ou ter uma visão apenas parcial do assunto. No caso de algo existir, não é por isso que se torna um direito ou que seja culturalmente aceito.

Historicamente, a bissexualidade e o homosexualismo existiram não apenas na Grécia antiga, como foi citado, mas também em diversos outros povos e em diversos ooutros momentos da história. No caso, nunca houve uma aceitação tácita, apenas eram tolerados por razões de demonstração de poder. No mesmo molde, houve também os incestos e outras práticas sexuais não heterodóxas. O resultado disso, sempre foi muito parecido, ou eram coibidos através de alguma proibição e sua rigorosa punição ou cairam  em desuso devido a cultura vigente, como por exemplo, devido as contribuições dadas pela práticas religiosas. Como sempre, essas tendências que apareciam e se expandiam, acabavam desaparecendo e retornando para algum ponto escuro na psiquê humana.

O ato sexual para o ser humano é muito mais uma atividade cultural do que mental, por isso não adianta massagear o ego de seus leitores ou verter rios de elogios ao intelécto do homem do futuro. Para iniciar, a atividade sexual deve ser antecipada pela “atração sexual” e no caso, essa deve ser igualmente correspondida pelo parceiro ou parceira. Como dizem estar difícil encontrar a “outra metade da laranja”, imagina encontrar outros “dois terços da fruta” como é o objetivo do texto em questão.

O ato sexual convencional ou qualquer outro nome que o descreva é o único que existe de fato e direito, ou seja, além de existir ele pode ser objeto de uma ação. No caso de um dos conjugês não aceitar realizar a consumação do ato, o outro pode pedir a anulação do casamento devido a isso, mas no caso de práticas não convencionais, como a bissexualidade e o homossexualismo, não existe tal prescrição e se for pedir ao juiz que anule uma união porque o outro não aceitou tais práticas, não poderá encontrar jurisprudência a favor disso. Qualquer tipo de ato sexual que não o tradicional, deve ser entendido como uma concessão do parceiro ou parceira, ou seja, não pode ser entendido como uma obrigação ou realizado através de coerção.

Apesar da mente não auxiliar muito, a não ser que seja em elaborar novas cantadas mais eficazes, a cultura e as atividades sexuais sempre andaram de mãos dadas. Que outra manifestação humana pode ser mais incrível e cheia de detalhes, como também unir um enorme números de pessoas e toda espécie de atividade para apenas uma única finalidade, uma excelente noite de Núpcias. Nada melhor do que um Casamento tradicional com véu e grinalda. Tão bom, tão vinculado e enraizado em nossa sociedade que até aqueles que se manifestavam pela destruição da família se renderam a ele. Com isso, criaram o que chamam de “casamento homossexual”.

A cultura influência tanto que temos interessantes exemplos disso, os índios brasileiros possuem como forma de demonstração do estado de uma moça virgem, que ela tenha um cordão em volta de sua barriga para demonstrá-lo e quando se casa, apenas ela pode retirar o objeto para simbolizar a aceitação para com seu companheiro e que possam consumar o ato. Enquanto os tidos civilizados são capazes de rasgar as roupas de uma mulher para ter relações forçadas com ela, as índias nuas e não civilizadas se protegem apenas com um cordão.

Como cita Edgar Gregersen em Sexo: a perspectiva antropológica, os fatores culturais além de influenciarem na conduta sexual, criam uma normatização daquilo que é “naturalizado” e não deve ser discutido. “O que é natural em uma cultura, entretanto, nem sempre é natural em outra. A poligamia é um exemplo disso. As posições sexuais variam de acordo com a cultura da qual os indivíduos fazem parte. A posição missionária (papai-e-mamãe) é comum nos grupos que sofreram a influência dos missionários cristãos, enquanto que em outros grupos, como os Bororó do sul do Brasil e os trobriandeses, pode até ser vista como uma ofensa.”
Com tudo isso, se torna, impossível, prever qual será a moda em matéria de sexo, no futuro, contudo, é mais fácil dizer que se manterá da mesma forma que hoje, pois o ser humano prefere a segurança de sua cultura e sabe que qualquer atitude diferente pode resultar em sua exclusão do seu grupo.
Em síntese, se esse tipo de previsão pudesse ocorrer, como seria a nossa vida hoje. Muitas previsões a respeito do após ano 2000, as quais foram realizadas por especialistas em diversas áreas e com base nas tendências que estavam em vigor em suas épocas, se mostraram “totalmente furadas”.
  • As mulheres andariam nuas (previsão comum na década de 20, a respeito da diminuição constante das saias das mulheres);
  • Os carros voariam (previsão dos anos 60, com base no desenvolvimento do motor à jato);
  • Os computadores controlariam nossas casas e nossas vidas (previsão dos anos 70 e 80, com base na criação dos computadores e seus acessórios que poderiam conectá-los a diversos aparelhos e máquinas).

Por diversos motivos, o que parece ser uma tendência futura acaba não se realizando, o estudo da história demonstra que certos fenômenos na raça humana, ocorrem em ciclos, ou seja, aparecem, crescem e depois somem. Isso, é claro, não impede que se repitam. Estudos mostram que, apesar da tecnologia, o modo de vida no Egito antigo se assemelha muito com os padrões atuais, o uso de roupas, maquiagem, os móveis domésticos, os serviços, registros públicos, armazenagem de alimentos, pagamentos de impostos e até na vida sexual, pois eles já conheciam os métodos anticoncepcionais. Costumamos repetir as mesmas coisas, mas também, costumamos a descartar os nossos erros.

Muitos costumam considerar a relação entre o filósofo Jean Paul Sartre e sua companheira, Simone de Beauvoir, como um marco em relacionamentos abertos, contudo, sobre o relacionamento que ela  teve com o escritor norte-americano Nelson Algren, foi descoberto recentemente que teria sido muito mais platônico do que se supunha anteriormente e que ela era muito mais tradicional em suas ações do que fez acreditar. Enquanto Sartre desfrutava das liberalidades da ‘Cidade Luz’, Simone estava lecionando em cidades do interior, sempre discreta, após as aulas saía para longas caminhadas pelo campo, com um cesto, parava em alguma sombra e realizava um piquenique sempre na companhia de um bom livro.

Fonte: http://pt.shvoong.com/social-sciences/1673608-sexo-perspectiva-antropol%C3%B3gica/#ixzz2mjJQErMX

A arte da previsão consiste em antecipar o que acontecerá e depois explicar o porque não aconteceu.Winston Churchill
 

A Guerra lá e cá

Conflitos podem ser piores do que guerras declaradas

O cessar fogo após 8 dias de conflito, deixa 162 palestinos mortos e 5 israelenses, segundo a agência de notícias Al Jazeera. O conflito que foi marcado pela velha retórica israelense de “estar se defendendo” de foguetes lançados do território de Gaza não deixa de mostrar a diferença tecnológica entre os dois lados. Enquanto os foguetes árabes, ultrapassados, no máximo fazem estragos em casas e lugares públicos, os bombardeios “cirúrgicos” de Israel mataram no início desse conflito o chefe de segurança do Hamas. O Hamas é a autoridade palestina escolhida pelo povo islâmico para comandar o território de Gaza em 2007. O governo israelense não aceitou a decisão popular e desde então tenta derrubá-los da autoridade palestina.

Da mesma forma que FEMEM, grupo de ativistas russas, fez em uma passeata contra o casamento gay e a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, realizado pelo Civitas (grupo católico) na França. Ao atacarem os manifestantes e tentarem tirar a roupa de uma mulher, as ativistas do FEMEM foram expulsas e foram se queixar de estarem sendo agredidas. O governo israelense age assim também, como “minoria perseguida”, ataca e quando é rechaçado, se queixa de violência.

Recentemente, autoridades israelenses confirmaram a existência de assassinatos planejados de autoridades árabes. O que reabre as dúvidas sobre a misteriosa morte de Yasser Arafat, envenenado por material radioativo, segundo especialistas franceses.

No Brasil, um país tido como aparentemente pacífico, existe uma realidade parecida ou pior. No mês de outubro passado foram registrados 176 mortos em 150 casos de homicídios  culposos, com intenção de matar, um aumento de 92% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O conflito aberto que ocorre em Gaza conta com artilharia pesada e com o moderno sistema de defesa israelense, o que diminui em muito os estragos dos misses palestinos. O conflito “não declarado” que ocorre em São Paulo, tem como principal armamento, armas de fogo pessoais. Por serem fáceis de ocultar e o sistema de “guerrilha”, no qual, os alvos são escolhidos e determinados em situações de pouco movimento, no máximo bares.

Os motivos dessas chacinas são cobrança de dívidas de drogas, facções rivais e descoberta de policiais. Este último, por vários motivos. As ações de combate a entrada de drogas no estado, que surtiu efeito e diminuiu a quantidade de produto a ser comercializado nas ruas, enraivecendo grupos interessados. O vazamento de uma lista de dados pessoais de policiais, confirmada semana passada.

Diversas informações falam sobre pagamento de um “prêmio” por policiais mortos ou quitação de dívidas de drogas. A reação das autoridades foi a mudança de “chefes” do PCC (Primeiro Comando da Capital) para outros presídios, mais isolados e com segurança reforçada.

Devido a falta de mudança no quadro geral, com a continuidade da violência, nesta quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a exoneração de Antonio Ferreira Pinto do cargo de secretário de Segurança Pública. A crise na segurança foi menosprezada pelo governo, que teria não aceitado uma oferta de ajuda do governo federal. Desde o dia 24 de outubro, 253 pessoas foram mortas na região metropolitana de São Paulo –média de 9,7 por dia.

Este ano, quase que dobrou a violência contra policiais, 95 policiais mortos desde o início do ano, contra 47 o ano passado, no estado. Perspectiva que faz diminuir o número de candidatos as vagas de policiais nas academias e desincentiva os membros da corporação a seguir carreira. A realidade deles é muito diferente de como era antigamente, para se chegar em casa ou ao sair, os policiais evitam usar fardas e adereços que mostrem a sua função, vivem acuados e com medo e com a ampliação do crime acabam morando em meio a áreas perigosas.

A saída da atuação das autoridades competentes nas áreas de risco das grandes periferias, o aumento do consumo de drogas e a crise econômica montam um cenário volátil. Uma mudança no papel da polícia é pedida à tempos, mas a discussão sobre a existência de duas polícias, civil e militar tomam tempo e desgastam a imagem das corporações. O tempo de meias medidas acabou, o governo deve agir em nome da população ou seremos um território em conflito aberto.

Fontes: Folha de S.Paulo e Al Jazeera