Os processos de evolução e involução da espécie
Algumas teorias modernas falam a respeito da involução da capacidade cerebral humana,
“O desenvolvimento de nossas habilidades intelectuais e a otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram em grupos de pessoas dispersos antes de nossos ancestrais emergirem da África“, afirma Gerald Crabtree, autor do estudo publicado no jornal Trends in Genetics. Nesse ambiente, a inteligência era crítica para a sobrevivência, e havia provavelmente uma pressão seletiva nos genes que auxiliam no desenvolvimento intelectual, chegando ao ponto máximo da inteligência.
Porém, segundo pesquisadores, foi a partir daí que começamos a ir “ladeira abaixo”. Com o desenvolvimento da agricultura, veio a urbanização, que pode ter enfraquecido o poder de seleção de semear mutações levando a desabilidades intelectuais.
O estudo de Crabtree leva em conta apenas os genes necessários para a manutenção de nossas capacidades e prevê que em mais duas grandes mutações, estaríamos em risco de perdermos nossas capacidades emocionais e cognitivas.
Aprendendo outro idioma
Outro estudo, este da Suécia, mostra que o aprendizado de um outro idioma aumenta o tamanho de certas áreas do cérebro. Isto é diferente do que ocorre com quem estuda muito mas não outra língua. O estudo feito pelas faculdade de Lund e Umea e das Forças Armadas analisou jovens recrutas e universitários. Eles tinham que aprender uma nova língua – as opções iam de árabe a russo – em um espaço de 13 meses. Eles estudavam da manhã à noite e até nos finais de semana para conseguir fluência em tempo.
Outro grupo, dessa vez estudantes de ciência da Universidade Umea, também estudou com afinco, mas não línguas estrangeiras. Eles tiveram os cérebros escaneados antes do início do experimento e após três meses. Os primeiros resultados indicam que o segundo grupo não teve alterações significativas no tamanho do cérebro. Já o primeiro teve aumento do hipocampo (ligado à memória, ao aprendizado e à orientação espacial) e outras três áreas no córtex cerebral.
“Ficamos surpresos ao ver diferentes áreas do cérebro desenvolvidas em diferentes graus dependendo do quão bem os estudantes se saíram e quanto esforço fizeram durante o curso”, diz Johan Martensson, pesquisador de Lund.
Períodos de grande stress
Nesses estudos estão faltando os resultados de períodos de grande stress, como em guerras, quando consideramos haver grandes progressos em diversas áreas do conhecimento humano. O primeiro estudo, acima, poderia ser essa indicação, a época de que fala, teria uma grande pressão ambiental para conseguirmos alimentos e de forma constante. Fator esse resolvido, o cérebro se acomoda.
Estudos recentes, teriam o mesmo resultado. As pessoas que utilizariam a Internet, estariam se tornando menos atentas e mais preguiçosas devido a facilidade das informações recebidas, a facilidade de se comunicar e aos textos resumidos.
A involução da linguagem
Uma forma de demonstrar como o cérebro se acomoda seria a involução da linguagem, como no caso dos Hieroglifos egípcios que inicialmente eram mais complexos e coloridos, foram simplificando e se tornaram bem simples com a escritas hierática.
Escrita pictográfica (hiergriflo)
Escrita Hierática:

Diversos idiomas têm tido evolução diferente, como no caso do Árabe, em que a língua é dividida entre um padrão culto e diversos dialetos regionais. O mais peculiar dessa divisão é que os padrões locais não conseguem corresponder ao padrão escrito, ou seja, aquilo que eles falam, literalmente, não se escreve. O padrão culto do árabe é utilizado principalmente em jornais, televisão e em livros e faz parte do ensino escolar.

As línguas e a Internet
As atuais tecnologias se baseiam em programas de computador (software), que só foram possíveis com um idioma bastante simples, o inglês, que por não possuir assentos e divisão de gêneros em muitas palavras, se tornou propício para sequências de comandos de uma máquina.
Exemplo de linguagem basic:

Os idiomas complexos como o Português ou Francês não conseguem ser bem utilizados com a informática e no caso da Internet, isto ficou mais visível. Os jovens que crescem utilizando sistemas de comunicação como o MSN tendem a perder as noções do idioma. Muitas abreviaturas e palavras escritas apenas pela fonética, parecem ser uma nova língua. Normalmente, esses jovens tem diminuída a sua capacidade de elaborar narrativas e de utilizar as normas cultas da língua, como a ortografia e a gramática.

Conclusão:
A involução da língua seria uma forma de demonstrar a acomodação do cérebro dentro de um sistema de aparente segurança e tranquilidade. A preguiça e a desatenção seriam uma forma de economizar energia, como se o sistema entrasse em um estado de inércia. Situações de perigo e stress reativariam o sistema para a procura de soluções e um estado de alerta que causaria novas ligações entre neurônios e um aumento da capacidade cognitiva.
dezembro 4, 2012
Categorias: Comunicação, Saúde . Tags:cérebro, culto, dialétos, evolução, idiomas, involução, Línguas, padrão . Autor: angelinoneto . Comments: 2 Comentários