Identidade Nacional X Preconceito

A importância de uma unidade cultural

Muitos povos conclamam por sua independência vivendo inseridos em outra nação, isto sempre causou revoluções, guerras e atos de terrorismo. Quando estas identidades são mais leves, temos os preconceitos e ações de discriminação. Diversos países tem seus estados abalados por insurreições, como atualmente vive a Espanha, com o País Basco e a Catalunha que atualmente conclama um plebiscito para decidir sua independência. A Inglaterra, com a Irlanda e a Escócia, a China com Tibete, sem mencionarmos a antiga Checoslováquia, dividida por guerras civis por motivos religiosos.

Nesses países, os problemas chegam as vias de fato e os levantes tem resultados desastrosos, contudo em países como o Brasil, a questão é mais sutil, a falta de uma identidade nacional dá força a um regionalismo torpe, muita vezes, um estereótipo daquilo que se pretendia, uma imagem de abrangência genérica e forte apelo emocional.

O resultado disso são ações preconceituosas tanto dos elementos desses grupos como dos grupos que os cercam, cada ação corresponde a uma ação igual e de sentido contrario. A discriminação é sutil, de forma quase velada, com piadas e reprimendas.

Luta pelos direitos

Cada grupo luta pelo seus direitos, de forma que ninguém acaba se lembrando de deveres e obrigações, todos se mostram vitimizados por ações externas e nunca assumem as ações de seu próprio grupo. Dessa forma são criadas lei de proteção disso, proteção daquilo. O legislativo a mercê de “lobistas” e o sucesso desses grupos representa um grande dano a nossa sociedade, somos cativos de uma “ditadura de minorias”. As vitimas que se tornam carrascos.

Cada lei nova é discutida pela sua matéria e se esquece sua repercussão a nível nacional. Como no caso das leis de Cotas para Universidades, há professores que defendem e existe professores que a critiquem, como por exemplo, de que com essa lei, estaremos nivelando o corpo discente por baixo, pois não será o mérito, um critério de avaliação, mas a descendência.

Outras questões são pelo uso errado dessas leis, como o Estatuto da Criança e do Adolescente, muito bem explorado por grupos de marginais, que possuem jovens aptos em assumir autorias e a responsabilidade de atividades criminosas e com isso liberam todo o resto do grupo e acabam nem sendo punidos de forma adequada.

Dura lex, sed lex

Nesses casos, seria “mollis lex” (leis moles), pois são tão maleáveis que qualquer um podem enganá-las. As boas intenções são interpretadas de forma a produzir vantagens ilícitas e o restante da sociedade assiste a tudo isso, calada!

Por tudo isso se faz necessário campanhas que mostrem os valores nacionais, o orgulho nacional como fonte de formação dos valores do povo. Datas nacionais, hinos, brasões e bandeiras que são esquecidos devido a leis que dizem proteger mas que afastam o povo dos seus símbolos. Quantas vezes iremos ver fotos de casas de norte-americanos com a sua bandeira, chamada de “Listras e estrelas”, todos orgulhosos e aqui, nem podemos a usar direito, por causa de tantas normas e restrições.

Ou o povo aceita a sua unidade de forma natural, por sua formação e semelhanças, como a língua, ou teremos borbulhas crescentes até nos tornarmos diversos países como a Republica Tcheca e a Eslováquia.

Previsivelmente irracional

A mais pura verdade sobre a desonestidade

Dan Ariely, entre o racional e o mal…

Este dois são os títulos dos últimos livros de Dan Ariely que mostram como o ser humano, mesmo com ética realiza atos irracionais e desonestos. Na vida profissional como também no dia a dia somos forçados o tempo todo a tomar decisões e essas decisões são realizadas pela comparação de valores subjetivos.

Os testes realizados em faculdades obtiveram resultados bastante interessantes, como afirma Dan Ariely, que a possibilidade de ser pego não diminui a propensão ao roubo e a distancia do dinheiro vivo influência, quanto mais longe, maior a possibilidade.

Também conclui que o ser humano, por diversas razões, rouba menos do que poderia e que prefere transferir a culpa para terceiros. Como um Robin Hood, que ao distribuir o produto do seu feito, distribui também uma parcela da sua culpa.

O autor afirma que a nossa própria imagem é um fator, o nosso lado racional quer o benefício físico do roubo, mas o nosso lado irracional precisa de uma auto avaliação positiva, por isso formulamos desculpas para nós mesmos. Como no caso de uma vingança, para que o ato se pareça como moralmente aceitável.

Uma interessante descoberta foi quanto a criatividade, a pessoa com mais criatividade tende a realizar mais atos ilícitos, não por causa de criar melhor as situações, mas porque cria melhores desculpas para ele mesmo. E isso seria independente de sua inteligência. Como também, o caso de modelos (exemplos) criam situações muito expressivas, a introdução de um indivíduo que rouba em um grupo causa uma verdadeira epidemia, ou seja, suas ações inevitavelmente serão copiadas pelos outros. Dan conclui que a teoria da “vidraça quebrada” é realmente um precursor de maiores delitos.

Tal teoria pregada pelo ex prefeito de Nova York, Juliane, diz que se uma casa tem uma vidraça quebrada e esta não for consertada, isso dará motivo a outras ações ilegais, como roubo e até mesmo invasões. Devido a isto, ele introduziu uma política de segurança denominada “tolerância zero”, que ao coibir pequenos delitos, os infratores não teriam a chance de progredir em realizar maiores crimes. Sua ação teve efeitos bastante positivos durante o seu mandato.

Dan Ariely encerra o livro mostrando que as formas tradicionais de controle, como fiscalização não conseguem coibir a decisão de realizar ou não um roubo, mas que os conceitos morais mostrados de forma repetitiva podem surtir melhor efeito.

As decisões humanas seguem padrões irracionais e previsíveis, pois seguem um sistema relativo, como ele resume na seguinte frase, “Relatividade é a tendência de estimar o valor das coisas de acordo como elas se comparam com outros itens.”

Em duas opções, a pessoa deveria escolher de forma racional, mas ao introduzir uma terceira, a decisão será pela que mais se pareça com uma das duas primeiras, ou seja, sem racionalidade, apenas um impulso emocional. No caso de preços e salários acontece o mesmo, o valor que você percebe depende do valor que os outros possuem. Se você compra um aparelho por X, mas seu vizinho compra por X+1, você acredita que foi uma boa compra. Numa situação contrária, mesmo  se você sabe que o preço pedido é o melhor do mercado, ao descobrir um valor menor, você ficará inevitavelmente despontado e com inveja.

“Nossa felicidade depende, não só do que temos, mas do que não temos e que for de fácil comparação.” Ou seja, Dan conclui que o ser humano não faz analogias complexas, apenas comparações simples para calcular se teve vantagem ou não e com isso modifica o seu “status” emocional.