Isso mesmo, Campanha Pró Fumo. Acredito ser essa a melhor maneira de se classificar uma campanha patrocinada pela Souza Cruz e diversas entidades como, Abip (Associação Brasileira da Indústria de Panificação), da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), da FBHA ( Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes), do ETCO (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), da Abresi (Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo) que pede para os consumidores aderirem a lei de preço mínimo e não comprarem cigarros com preços inferiores a R$ 3,00.
Independente do valor pago, cigarro mata! Mas analisando por outro lado, apesar dos Movimentos Pro Vida Saudável e as notícias que a mídia espalha sobre as nocividades do cigarro, muito me espanta, a confortável posição da Souza Cruz no mercado nacional, como um verdadeiro monopólio, um jogo que quem dá as cartas, é apenas ela.
Conheço empreendedores que tentaram montar fábricas de cigarros aqui no Brasil, seguindo uma forma legal e lícita de trabalhar. Mas não conseguiram e o problema não foi os custos de montagem, os equipamentos ou a legalidade, foram simplesmente as burocracias e as formas com que são cobrados os impostos de quem quer entrar nesse ramo.
Ou seja, é anticonstitucional, contraria a liberdade de trabalho, que aqui diz, sendo lícito, qualquer um, independente de sua formação ou classe social pode abrir o negócio que quer. Mas na prática, não é verdade.
O governo justifica a medida pelo aumento de impostos arrecadados e no retorno a população. Caso esse que nem necessita crítica, basta lembrar quantas vezes ouvimos essa mesma ladainha e não foi isso que aconteceu. Por exemplo, o empréstimo compulsório para a saúde, que não trouxe os benefícios anunciados.
Pois o absurdo dessa história é, colocaram um preço mínimo na vida humana. Você pode se matar, desde que pague no mínimo R$ 3,00. Colocaram os lucros a frente da saúde da população. Que é errado fumar, nem questionamos. Mas os interesses por trás de tal lei devem ser melhor esclarecidos!
Só resta uma pergunta: se venderem cigarro contrabandeado a R$ 3,00, ele se torna legal???